“A palavra do Senhor foi dirigida, pela segunda vez, a Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor”. [Jn 3,1-3 (1ªL)].

“Disse-lhes Jesus (a Pedro e André): «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus”. [Mc 1,16-20 (3ªL)].

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Como é maravilhosa – infinitamente multiforme, enquanto divinaa Palavra de Deus! Sim, “A Palavra do Senhor (mesmo no início do texto) dirigida a Jonas” (3,1). Ou seja, a mesma Palavra de Deus, que queremos seja também Palavra nossa, daí estas nossas Reflexões semanais em volta da «Palavra de Amor, Palavra». Não se esqueçam!… Bom, mas vejamos agora como é que esta Palavra nos surpreende hoje, na sequência e seguimento do tema anterior, a Vocação de Deus para cada um de nós. Entra em cheio o conceito e imagem da “mediação” ou dos “mediadores”. E observamos este ‘fenómeno’ se compararmos, sobretudo, os Evangelhos destes dois domingos últimos… O Deus do AT, tal como Jesus – enquanto homem-Deus – quando ‘chama’ alguém (que isso é ‘vocação’) para realizar uma missão nunca o faz ‘diretamente’ nem ‘à primeira’ (isto vemo-lo em Jonas). No caso do jovem Samuel (1Sm 3) – lembram-se? – vemos que chama, e prepara, o pequeno Samuel através do sacerdote Heli (aí está o ‘mediador’). E esclarece, curiosamente, que o ‘menino’ “ainda não conhecia a voz de Deus”… Quanto à atitude de Jesus, no Evangelho (de Jo e de Mc), vemos que, primeiro, ‘preparou’ a(as) pessoa(as) recetora(s), através dos mediadores. Para ‘os dois’ discípulos, André e João, por meio do seu antigo Mestre, João Batista; e lembremos que eles “ficaram com Jesus aquele dia”, que era como ‘experimentar’… O mesmo aconteceu com Pedro (irmão do André) e Tiago (irmão do João), que foram ter com Jesus, levados pelos seus respetivos irmãos (mediadores). Mas, quer uns quer outros, foram “chamados” (definitivamente!) por Jesus alguns dias mais tarde (precisamente “quando estavam a pescar”)… Quer dizer, a/s Vocação/ões de Deus, em e por Jesus, costumam realizar-se: precedidas de uma preparação e através de “mediações”…  Palavra de Deus – sempre “multiforme”: em contínua metamorfose!

«  E nós sabemos, Mãe, Senhora Nossa de Czestochowa, que és para nós, desde sempre, a «Medianeira de todas as Graças» (pois é essa a significação de todas as tuas Aparições)… E foi Deus quem Te colocou, como “Mediação” privilegiada entre Ele e nós, junto com Jesus, o Filho (d’Ele e Teu): o Verdadeiro Mediador Universal!  Por isso, queremos imitar os nossos irmãos cristãos (da Polónia) vivendo a nossa consagração a Ti, «Senhora e Rainha, na Fidelidade: a Deus, à Cruz, ao Evangelho e à Igreja» (como eles repetem uma e outra vez).

 

NOTAS COMPLEMENTARES:

1-]  Nogueira comum (Juglans regia). Também chamada nogueira europeia, por ser nativa da Europa, e também da Ásia (Pérsia e China)… O seu fruto, a Noz (ou noz persa) utiliza-se sobretudo na alimentação mas também na produção de óleos… A sua medeira é de ótima qualidade…

2-]  Nossa Senhora de Czestochowa (Polónia). Título mariano e Santuário com uma história-tradição muito antiga e rica de acontecimentos… Remontando-se até ao séc. I, é certamente a ‘história’ mais extensa e variada de todas as “Aparições de nossa Senhora”. A tradição inicia-se com o quadro ‘famoso’ de Maria que o Evangelista S. Lucas ‘pintou’ (aproveitando a sua relação com a Mãe de Jesus – ainda ‘em carne mortal’ – para escrever o seu Evangelho da infância de Jesus); calcula-se entre os anos 40 e 50 da nossa Era cristã. Cópias deste ‘quadro’ (desde o Emperador Constantino) passaram por diversas vicissitudes ao longo da história-tradição… até chegarmos à Polónia, com o rei Ladislau (sobrinho de Ludovico) no séc. XIV (a. 1382) que,  ao receber uma das cópias do quadro, entregou-a ao convento de Frades de Monte Claro (= «Jasna Gora»). O Papa Martinho V (1429) deu a sua Bênção papal ao Santuário que ali se edificou. A partir daí, inúmeras graças e todo o tipo de milagres e curas são atribuídos à «Senhora Negra», pelos numerosos peregrinos nacionais e estrangeiros… Os fiéis polacos atribuem à sua Padroeira a vitória final contra Adolf Hitler (2ª Guerra M.), cujo fracasso foi devido, segundo ele próprio expressou, “a essa Negra de Czestochowa”!… Para já não falar da relação do grande Papa polaco, S. João Paulo II, com esta Invocação de Nossa Senhora de Czestochowa

3-]  A sequência dos principais ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, são:

  1. FÁTIMA (Portugal). // 2. GUADALUPE (México). // 3. LURDES (França). // 4. APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (Ruanda/África). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia). // 7. AUXILIADORA (Papuásia/Oceânia). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia).

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net