
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 25 do T. Comum)
“Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor -”. (Is 55,6-8 / 1ª L.).
Pela palavra escrita de Isaías, Deus está a falar da reconstrução da Cidade, a futura “nova Jerusalém”… Acabando por repetir, mais uma vez, a “Promessa de uma Aliança nova e eterna”… Neste contexto bíblico, lança-nos, de improviso, a exortação que lemos no texto, precedida deste “alerta”: “Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O, enquanto está perto”… No entanto, esses “pensamentos” e “caminhos” de Deus, serão assim tão diferentes dos nossos!?…
A – Poderíamos pensar que, sendo assim – os caminhos nossos tão distantes dos Seus – pareceria impossível encontrar o Senhor, mesmo que o procuremos como Ele próprio nos insta.
B – Mas se bem repararmos, é precisamente esta enorme “distância” (aparente!) entre nós e Deus o que facilita as coisas à hora de nos aproximarmos d’Ele. Já que, felizmente, Ele não é como nós!
A – E ainda bem! Porque se fosse como nós, ‘aquele senhor’ do Evangelho de hoje, não começaria pelos últimos ao distribuir o salário… nem daria igual prémio aos que chegaram mais tarde, embora sem deixar de ser justo e generoso com todos!… Sim, muitos últimos serão primeiros e vice-versa.
B – E é precisamente aí onde está a chave dessa “distância”, isto é, na pergunta que “o senhor” lança àquele servo: “Ou será que os teus olhos são maus porque eu sou bom?” (Mt 20).
A – Então, ainda o homem mais pecador (“ímpio” ou “perverso”, como diz o texto), logo que ele quiser deixar o seu caminho e se converter de verdade, encontrará “um Deus generoso no perdão”.
B – A nossa tendência, porém, será usar a «lei do talião» com os nossos próximos quando há qualquer conflito ou discórdia: pois usamos o «olho por olho» ou, então, aplicamos “a justiça”!
A – Mas, na verdade, isso está muito longe do “Senhor da compaixão, cujos pensamentos ou planos de perdão estão acima dos nossos, como os céus estão acima da terra”. Nada menos!
B – Ou seja, essa “imensa distância” não se refere à Perfeição e Justiça divinas (perante as quais nós nada teríamos a fazer!) mas só se aplica à infinita misericórdia de Deus para perdoar sempre!…
A/B: Porque, graças a Ti, Senhor, ainda que pecadores e penitentes convencidos,
não nos julgamos daqueles “ímpios” e “perversos”, a quem Tu convidas à conversão…
Mas, por isso mesmo, sentimos a obrigação de intercedermos por “eles”…
E assim devemos nós colaborar para que “a Tua Palavra produza o seu fruto
antes de voltar para Ti”… Tal como a chuva não volta sem fazer germinar a terra…
Sabemos, Pai nosso, que a Tua familiar “proximidade” connosco, no Espírito, é mais íntima
– paradoxalmente – por essa “distância” que há entre o nosso egoísmo e o Teu Perdão…
Então, Pai, será cada vez mais forte a nossa confiança em Ti, pela certeza do Teu perdão!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
22 Setembro, 2017
«Nosso Deus é generoso em perdoar»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 25 do T. Comum)
“Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor -”. (Is 55,6-8 / 1ª L.).
Pela palavra escrita de Isaías, Deus está a falar da reconstrução da Cidade, a futura “nova Jerusalém”… Acabando por repetir, mais uma vez, a “Promessa de uma Aliança nova e eterna”… Neste contexto bíblico, lança-nos, de improviso, a exortação que lemos no texto, precedida deste “alerta”: “Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O, enquanto está perto”… No entanto, esses “pensamentos” e “caminhos” de Deus, serão assim tão diferentes dos nossos!?…
A – Poderíamos pensar que, sendo assim – os caminhos nossos tão distantes dos Seus – pareceria impossível encontrar o Senhor, mesmo que o procuremos como Ele próprio nos insta.
B – Mas se bem repararmos, é precisamente esta enorme “distância” (aparente!) entre nós e Deus o que facilita as coisas à hora de nos aproximarmos d’Ele. Já que, felizmente, Ele não é como nós!
A – E ainda bem! Porque se fosse como nós, ‘aquele senhor’ do Evangelho de hoje, não começaria pelos últimos ao distribuir o salário… nem daria igual prémio aos que chegaram mais tarde, embora sem deixar de ser justo e generoso com todos!… Sim, muitos últimos serão primeiros e vice-versa.
B – E é precisamente aí onde está a chave dessa “distância”, isto é, na pergunta que “o senhor” lança àquele servo: “Ou será que os teus olhos são maus porque eu sou bom?” (Mt 20).
A – Então, ainda o homem mais pecador (“ímpio” ou “perverso”, como diz o texto), logo que ele quiser deixar o seu caminho e se converter de verdade, encontrará “um Deus generoso no perdão”.
B – A nossa tendência, porém, será usar a «lei do talião» com os nossos próximos quando há qualquer conflito ou discórdia: pois usamos o «olho por olho» ou, então, aplicamos “a justiça”!
A – Mas, na verdade, isso está muito longe do “Senhor da compaixão, cujos pensamentos ou planos de perdão estão acima dos nossos, como os céus estão acima da terra”. Nada menos!
B – Ou seja, essa “imensa distância” não se refere à Perfeição e Justiça divinas (perante as quais nós nada teríamos a fazer!) mas só se aplica à infinita misericórdia de Deus para perdoar sempre!…
A/B: Porque, graças a Ti, Senhor, ainda que pecadores e penitentes convencidos,
não nos julgamos daqueles “ímpios” e “perversos”, a quem Tu convidas à conversão…
Mas, por isso mesmo, sentimos a obrigação de intercedermos por “eles”…
E assim devemos nós colaborar para que “a Tua Palavra produza o seu fruto
antes de voltar para Ti”… Tal como a chuva não volta sem fazer germinar a terra…
Sabemos, Pai nosso, que a Tua familiar “proximidade” connosco, no Espírito, é mais íntima
– paradoxalmente – por essa “distância” que há entre o nosso egoísmo e o Teu Perdão…
Então, Pai, será cada vez mais forte a nossa confiança em Ti, pela certeza do Teu perdão!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net