– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Maria Mãe de DEUS – 1 de Janeiro… )
O MISTÉRIO DE “THEOTOKOS”!
Outra vez “o sonho de Deus”, aquele “sonho de cor feminina” – lembram-se? – : Seria uma virgem a gerar um filho, que fosse “Deus connosco” – Emanuel. Tudo isto já aconteceu! No entanto, uma vez que este filho, da especie humana, é ao mesmo tempo o Filho de Deus, devemos concluir: aquela que gerou este filho por obra e graça do Espírio Santo, que era virgem e mãe, não pode deixar de ser a “theotokos”, ou seja, a Mãe de Deus. “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei…” (Gl 4 / 2ª L.). Claro que este menino, e só Ele, por ser o Filho de Deus, e Deus mesmo, é que podia redimir, salvar a Humanidade da sua rebeldia contra Deus, do tal pecado original. E desde logo, era normal que o seu Nome fosse Salvador, isto é, Jesus. “Ao completaram-se os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno” (Lc 2 / 3ª L.).
Muitos mais Nomes Excelsos tem este Filho, Jesus, Emanuel… Entre eles, o de “Príncipe da Paz”, que já aparece inúmeras vezes na Palavra do Antigo Testamento, nas promessas tantas vezes repetidas pelos profetas aos nossos antepassados na Fé. Por isso, a Bênção melhor que os homens podiam atrair sobre si, da Bondade de Deus, era essa Paz (“…que te abençoe o Senhor… e te conceda a Paz”/1ª L.). Com toda a razão foi dedicado este dia – que também é o 1º do Ano civil – para a “Jornada mundial da Paz”.
A palavra Paz, ou Shalom, tinha e tem, na cultura hebraica, como noutras culturas orientais, um significado mais abrangente e extenso que o nosso termo paz. Para eles – e porque não para nós? – esta expressão, como saudação e desejo, compreende ou inclui toda a classe de bens, materiais e espirituais… “Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’…” (Nm 6 / 1ª L.). Assim, como se todos os bens possíveis estivessem condensados na palavra Paz (“Shalom”), a Humandade continua a suspirar sempre pela Paz, convencida de que só num ambiente de paz, entre gente pacífica e pacificadora, é que é possível a realização pessoal, familiar e social, e, por consequência, a satisfação plena e a Felicidade mais autêntica e profunda.
Não deve, porém, ser confundida esta Paz verdadeira, com apenas a ausência de gerra ou de conflitos violentos… Porque a paz que nos traz este “Príncipe da Paz”, este Deus Pacífico e Pacificador, significa, sobretudo, a Paz interior, quer dizer, todas essas coisas que a Palavra de hoje também nos recorda: salvação (“Jesus”), companhia e amizade divina (“Emanuel”), compaixão e perdão, solidariedade e paprtilha, alegria, felicidade,… e – principalmente, pois é o resumo de tudo – o sentirmo-nos filhos de Deus, porque “o somos de facto”. “Deus enviou o seu Filho… para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar Seus filhos… E porque somos filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!»” (2ª L.).
E mais outra vez, cá está o Abbá (Pai-Mãe) que quer prolongar o “Seu sonho”… Agora, para demonstar a todos que “Quem inventou e criou o ser de mãe (e de pai) não o poderia ter feito se Ele próprio, na Sua misteriosa essência Divina, não fosse também Mãe e Pai”. Faltava-Lhe ainda uma última “experiência” – mas será que vai ser a última? – : nascer Ele próprio de uma mãe humana, para essa mulher ser a “Mãe de Deus”. E talvez assim, possamos entender melhor este admirável Mistério, embora sem deixar de ser mistério incompreensível para a mente humana.
Seja como for, e por tal motivo, este dia da oitava de Natal, que também é 1º de Janeiro, é dedicado em toda a Igreja Universal, à Celebração de MARIA, MÃE DE DEUS!
Deus e Pai nosso (Abbá!),
agora estás a olhar para nós e nós para Ti,
porque fazes brilhar sobre nós a Tua face…
e voltas para nós os Teus olhos…de paz.
Venha aTua bênção sobre nós
e resplandeça sobre nós a luz do Teu rosto…
Porque assim, através de nós,
se conhecerão na terra os Teus caminhos
e entre os povos a Tua salvação.
Alegrem-se, ó Pai-Mãe, e exultem as nações,
porque julgas os povos com justiça
mas o Teu Amor é mais forte que tudo.
Os povos Te louvem, ó Deus,
todos os povos Te louvem.
Que sintamos em nós a Tua bênção…
e o Teu Amor encha toda a terra!
[ do Salmo Responsorial / 66 (67) ]
31 Dezembro, 2013
O MISTÉRIO DE “THEOTOKOS”!
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Maria Mãe de DEUS – 1 de Janeiro… )
O MISTÉRIO DE “THEOTOKOS”!
Outra vez “o sonho de Deus”, aquele “sonho de cor feminina” – lembram-se? – : Seria uma virgem a gerar um filho, que fosse “Deus connosco” – Emanuel. Tudo isto já aconteceu! No entanto, uma vez que este filho, da especie humana, é ao mesmo tempo o Filho de Deus, devemos concluir: aquela que gerou este filho por obra e graça do Espírio Santo, que era virgem e mãe, não pode deixar de ser a “theotokos”, ou seja, a Mãe de Deus. “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei…” (Gl 4 / 2ª L.). Claro que este menino, e só Ele, por ser o Filho de Deus, e Deus mesmo, é que podia redimir, salvar a Humanidade da sua rebeldia contra Deus, do tal pecado original. E desde logo, era normal que o seu Nome fosse Salvador, isto é, Jesus. “Ao completaram-se os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno” (Lc 2 / 3ª L.).
Muitos mais Nomes Excelsos tem este Filho, Jesus, Emanuel… Entre eles, o de “Príncipe da Paz”, que já aparece inúmeras vezes na Palavra do Antigo Testamento, nas promessas tantas vezes repetidas pelos profetas aos nossos antepassados na Fé. Por isso, a Bênção melhor que os homens podiam atrair sobre si, da Bondade de Deus, era essa Paz (“…que te abençoe o Senhor… e te conceda a Paz”/1ª L.). Com toda a razão foi dedicado este dia – que também é o 1º do Ano civil – para a “Jornada mundial da Paz”.
A palavra Paz, ou Shalom, tinha e tem, na cultura hebraica, como noutras culturas orientais, um significado mais abrangente e extenso que o nosso termo paz. Para eles – e porque não para nós? – esta expressão, como saudação e desejo, compreende ou inclui toda a classe de bens, materiais e espirituais… “Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’…” (Nm 6 / 1ª L.). Assim, como se todos os bens possíveis estivessem condensados na palavra Paz (“Shalom”), a Humandade continua a suspirar sempre pela Paz, convencida de que só num ambiente de paz, entre gente pacífica e pacificadora, é que é possível a realização pessoal, familiar e social, e, por consequência, a satisfação plena e a Felicidade mais autêntica e profunda.
Não deve, porém, ser confundida esta Paz verdadeira, com apenas a ausência de gerra ou de conflitos violentos… Porque a paz que nos traz este “Príncipe da Paz”, este Deus Pacífico e Pacificador, significa, sobretudo, a Paz interior, quer dizer, todas essas coisas que a Palavra de hoje também nos recorda: salvação (“Jesus”), companhia e amizade divina (“Emanuel”), compaixão e perdão, solidariedade e paprtilha, alegria, felicidade,… e – principalmente, pois é o resumo de tudo – o sentirmo-nos filhos de Deus, porque “o somos de facto”. “Deus enviou o seu Filho… para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar Seus filhos… E porque somos filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!»” (2ª L.).
E mais outra vez, cá está o Abbá (Pai-Mãe) que quer prolongar o “Seu sonho”… Agora, para demonstar a todos que “Quem inventou e criou o ser de mãe (e de pai) não o poderia ter feito se Ele próprio, na Sua misteriosa essência Divina, não fosse também Mãe e Pai”. Faltava-Lhe ainda uma última “experiência” – mas será que vai ser a última? – : nascer Ele próprio de uma mãe humana, para essa mulher ser a “Mãe de Deus”. E talvez assim, possamos entender melhor este admirável Mistério, embora sem deixar de ser mistério incompreensível para a mente humana.
Seja como for, e por tal motivo, este dia da oitava de Natal, que também é 1º de Janeiro, é dedicado em toda a Igreja Universal, à Celebração de MARIA, MÃE DE DEUS!
Deus e Pai nosso (Abbá!),
agora estás a olhar para nós e nós para Ti,
porque fazes brilhar sobre nós a Tua face…
e voltas para nós os Teus olhos…de paz.
Venha aTua bênção sobre nós
e resplandeça sobre nós a luz do Teu rosto…
Porque assim, através de nós,
se conhecerão na terra os Teus caminhos
e entre os povos a Tua salvação.
Alegrem-se, ó Pai-Mãe, e exultem as nações,
porque julgas os povos com justiça
mas o Teu Amor é mais forte que tudo.
Os povos Te louvem, ó Deus,
todos os povos Te louvem.
Que sintamos em nós a Tua bênção…
e o Teu Amor encha toda a terra!
[ do Salmo Responsorial / 66 (67) ]