– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo A – 4º Domingo do Advento)

 

 “Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta Isaías: «A virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’»”. (Mt 1,22-23 / 3ª e 1ª L.).

 

Alguém poderá aceitar uma realidade inaudita… ou “acreditar” em algo que nunca se viu, nem se ouviu (“inaudito”), nem se conheceu?… Como é que pode “gerar” uma “virgem” sem o concurso de um “varão”, no sentido que dá o Evangelho à palavra virgem ao citar o texto do AT?… Não seria mais correto e natural aceitar o sentido que parece anunciar Isaías, apresentando a tal virgem (esposa do rei Acaz) apenas como «a donzela que vai ser mãe pela primeira vez»?…

A – Esta “questão da virgindade” há de ser sempre – para muitos e apesar de tudo – uma pedra de escândalo… Ainda que te respondam com o argumento de que: “Aqui é só questão de fé!”…

B – Pois é; hoje em dia, é preciso ter coragem para, uma mulher jovem – 30 anos – dizer e escrever, publicamente, que “é virgem”. [É o caso “viral”(!?) da Vivian Sleiman, «quase miss Venezuela»](!)…

A – Embora se trate de um facto impactante, não parece ser o caso da Palavra que agora estamos a refletir.

B – No entanto, quem conhece o consequente “êxito editorial” dos seu(s) livro(s)… não deixa de se admirar, sobretudo ao verificar que a sua decisão é só por convicção pessoal… por “vocação”!

A – Para Isaías e Mateus, principalmente este: virgindade contrapõe-se a maternidade. Ambas realidades não podem coexistir na mesma pessoa. Se é mãe já não é virgem.

B – Mas é aí que ‘o caso da Vivian’ – talvez sem o pretender – vem “confirmar”(?) a “vocação” de Maria, “virgem” por opção livre, para poder ser aquela “Mãe que Deus queria”!

A – Porém, concordamos em que sempre será só questão de fé, pelo facto de «ir contra natura» o caso de uma mulher ficar mãe sem deixar de ser virgem!… Só exige fé o que parece impossível!

B – Naturalmente! Ou, melhor, sobrenaturalmente!… Por isso, todos e cada um, somos livres de Crer naquilo que, livre e conscientemente, acharmos por bem!… Faltaria mais!

A/BAve, Maria, cheia de graça,

só dependente de Deus, como virgem e como mãe!

Faz que, seguindo também o Teu exemplo,

todos os nossos jovens aprendam a optar…

e as nossas jovens a terem a audácia da “Vivian”

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:

http://palavradeamorpalavra.sallep.net