– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

( Ciclo B – Domingo.5 – PÁSCOA)

 

Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto… Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem… A glória de meu Pai é que deis muito fruto…»”. (Jo 15,5-6.8 / 3ª L).

 

‘Questões’ prévias: O que é que a gente entende por “castigo”, “punição” ou “corretivo”? Será apenas «pagar – com algo pesado e doloroso – todo o mal realizado conscientemente»? Por exemplo, sofrer uma espécie de vingança da parte de ‘alguém’ que foi ofendido ou abusado?… E essa pena ou castigo, poderá não ter fim… ser infinito, eterno?… Ou, não será, talvez, um modo ou  processo – ‘necessário’! – para limpar o que está sujopurificar o impuroendireitar o que ficou torto?… Mas há quem pense e se pergunte: todo este tipo de coisas, poderá mesmo ser infinito?… Bom, a este propósito, devemos lembrar aquele princípio divino (teológico): ‘Fora de Deus e dos Seus Atributos – quer dizer, de tudo o que é Bondade – nada existe ou pode existir que seja eterno’. Ou seja, o que for negativo ou mau ou penoso ou aflitivo… será finito por natureza! Claro que poderá ter maior ou menor ‘duração’; ou ser mais ou menos ‘terrível’ (isso sim)… mas acabará por findar (e valha, precisamente, a ‘redundância’!).

 

A – Francamente, quando Jesus nos fala através das ‘suas’ comparações ou ‘parábolas’ – tão lógicas e práticas como a vida mesma – ficamos maravilhados pela sua clareza, transparência e verdade!…

B – Ele começa geralmente, como neste caso, com uma proposição construtiva, que seria como a face positiva da medalha. Ou seja, que traz uma luz inicial, capaz, por si só, de dissipar e eliminar as trevas.

A – Aqui, Jesus começa por afirmar: “Eu sou a videira, vós sois os ramos”. E, coerente com isto, declara: “Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto”. Tem toda a lógica!

B – Ora bem, por consequência, “se alguém não permanece em Mim” – já que não vai dar fruto – “será lançado fora, como o ramo (sarmento estéril e inútil) e ele secará”. Para que serviria, então!?

A – Toda a gente sabe que esse tipo de ramos, varas, sarmentos… ‘secos’, só servem para o fogo. Por isso a ‘parábola’ – agora pela (face) negativa – conclui: “são lançados ao fogo e eles ardem”.

B – E nós perguntamos: Quem tem a culpa de ‘eles’ arderem no fogo? Mais ninguém, a não ser eles próprios, únicos responsáveis de ter cortado a sua união com a Videira, isto é, com a Vida.

A – Então, longe de nós tal coisa!… Assim sendo, ficaremos, portanto, com a face boa e positiva – uma vez que só isso será eterno! – e evitaremos, por cima de tudo, cortar ou enfraquecer a nossa ligação com Jesus!

B – Até porque, além de consistir nisso a nossa Felicidade – atual e eterna – constitui a Glória de Deus, como o próprio Filho, Jesus, proclama no fim da parábola: “A glória de meu Pai é que deis muito fruto”.

 

A-BJá que Tu, ó Pai nosso, és “o Agricultor” da Videira que é o teu Filho Jesus,

faz que aprendamos (por Ele, com Ele e n’Ele) a deixar-nos cultivar por Ti.

Estamos certos de que o melhor para nós é ficarmos unidos, nesta Videira,

ainda que, de tempos a tempos, “tenhamos de ser ‘podados’ e limpos por Ti,

para que demos cada vez mais fruto”, e “o nosso fruto permaneça”. Assim será!?

 

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