————  [ 5-C – NATAL do SENHOR J.C. ]

»   “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus… E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,1.14-3ªL-).

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Oh! Como é “inefável” (= inexprimível, indizível)

este grande, magno, magnífico Mistério: o Natal de Deus!…

Não é possível dizer, explicar por palavras humanas,

aquilo que nem sequer “cabe” na inteligência dum ser humano:

Um Deus (que, na sua essência divina,

também “não cabe” nas dimensões espácio-temporais!)

feito um bebé humano pequenino!

Claro, «Deus pequeno, Deus imenso»! Lembram-se?

E tudo por nosso Amor! Por amor dos humanos! Para nos Salvar!

Todavia, ao utilizarmos as palavras mais sublimes

de que dispomos nas nossas linguagens humanas

(palavras que, para nós, já são ‘o máximo’)

estamos a reconhecer que o Mistério (porque superior às palavras)

ultrapassa-nos infinitamente, além dos nossos sentidos corporais,

e somente poderá ser admirado com espanto e contemplado com amor

pela nossa inteligência e pelo nosso coração.

Assim sendo, resta-nos, apenas e só,

‘agarrar-nos’ à Palavra (esta sim, com maiúscula):

“O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós”

– e agora é “Emanuel” (=‘Deus-connosco’) –. Nada menos!!!

 

       « Mãe do Criador, Mãe de Cristo, Mãe sempre virgemRoga…    [ De: «A LADAINHA» de N. Senhora ].

E assim – ó Mãe, também nossa! – tem todo o sentido que tenhas sido para nós “Estrela da manhã”, anunciando e ‘abrindo caminho’ a este “Sol Divino” e “Deus connosco” (-Emanuel-)… Porém, não deixamos de ficar confusos e espantados perante este incompreensível (‘alucinante’?) Mistério da «Encarnação de Deus»!… Agora, Mãe, já sabemos e entendemos melhor o facto de Tu ficares ‘tão atónita’ ao receberes aquela «Saudação do Anjo»… Ensina-nos a Cantar conTigo o teu «Magnificat»!

 

— Ou, Da «Outra Poesia» —

«Dorme, dorme, meu filhinho,

um soninho descansado,

que o Anjo da tua Guarda

vela por ti, ao teu lado.

Nana, nana, meu Menino,

que a Mãezinha logo vem,

foi lavar os cueirinhos

à fontinha de Belém.

Não choreis, ó meu Menino!

Não choreis, ó meu amor!

Essas lágrimas choradas

cortam-me a alma de dor!

As passadas do caminho

sei-as eu todas de cor.

Só não sei o teu destino,

meu Menino! Meu Amor!».

(“Canção de embalar”- Popular do Natal)

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net