———  [ 59-C – Santa Maria, MÃE DE DEUS ]

»  “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher… para nos tornar seus filhos… E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!»” (Gl 4,46-1ªL-).

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Pai, Mãe, filhos… Continuamos, então, com a família (!).

Só que agora trata-se de ‘A Família das famílias’: “A Família de Deus”

Poderia parecer, logo à partida, que para sermos filhos de Deus,

não era preciso haver uma ‘mãe’. Porque Deus, enquanto Deus,

já é “Pai-Mãe” – que seria o sentido de “Abba”, como Jesus ensinou –.

[Sim, ao que parece, “abbá,abbá,abbá…” é o primeiro ‘vocábulo’ que,

(em toda a língua) aprende o bebé, quer dirigindo-se à mãe quer ao pai!]…

Então, porque é que Deus, ia precisar de uma mãe humana,

se já podíamos ser – sem ela – filhos d’Ele, total e perfeitamente?…

Porém, os desígnios e planos do Pai-Deus são sempre ‘outros’…

Vejamos, e pensemos, já agora, na Festa, Solenidade, deste Dia de hoje,

(1º dia do Ano, e ainda dentro do Tempo de Natal).

Ele – ‘O Omnipotente’, que também não precisava, para Si,

de uma mulher mãe humana para nascer humano – apesar disso,

escolheu uma (e que Mulher e que Mãe!).

E assim “nasceu” Maria, que é MÃE DE DEUS (‘TEOTOCOS’)!…

Então, a resposta da nossa primeira questão

será só uma consequência de todo o anterior:

Também Deus quis que nós ‘não fôssemos menos’ do que Ele,

e escolheu, para todos nós, também uma ‘mãe humana’.

Só que – e aqui está a maravilha das maravilhas! –

Deus não foi escolher uma ‘outra’… mas deu-nos “a Sua”!

Assim, somos, ao mesmo tempo,

filhos de DEUS e filhos da MÃE DE DEUS!

Oh, os ‘desígnios’ de Deus, “como são distintos e diferentes (dos nossos)”!

(expressão esta, de que as Escrituras estão cheias, já desde o AT).

Poderíamos nós ter – alguma vez – imaginado ‘coisa igual’!?

 

                « Santa Maria, Mãe de Deus, Rainha da PazRoga…          [ De: «A LADAINHA» de N. Senhora ].

Sim, Mãe de Deus, e nossa Mãe!… Isto é, Deus – em Jesus – também é nosso Irmão! Então, Mãe, não dá para pensar nem para imaginar! E não faz falta! A nossa vida deve ser, apenas, sentir e viver esta realidade de Infinito Amor! Só ousamos pedir-Te, Rainha da Paz, a tua assistência amorosa para queles teus filhos, nossos irmãos, enleados em violências e guerras: Que achem a autêntica Paz em Jesus!

 

— Ou, Da «Outra Poesia» —

Branca estais colorada,

virgem sagrada.

Em Belém, vila do amor,

da rosa nasceu a flor,

virgem sagrada.

Em Belém, vila do amar,

Nasceu rosa do rosal!

Virgem sagrada!

Da rosa nasceu a flor

para nosso Salvador!

Virgem sagrada!

Nasceu rosa do rosal:

Deus e homem natural!

Virgem sagrada!

    (Gil Vicente – ‘Cantiga’ do “Auto da Feira”- Escrito para o Natal de 1527)

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