————  [ 27-C – Domingo 4 do T. Comum ]

===  “«Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações … Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar»” (Jr 1,5.8 -1ªL-).

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Se o Senhor não ‘o’ dissesse quem iria imaginá-lo:

“Escolhido, antes de aparecer no seio materno”!

E por seu lado, aqueles ‘conterrâneos’ de Jesus – pobres coitados! –

não podiam entender como é que aquele “filho de José” (o carpinteiro)

era capaz de falar daquela maneira… Mas há que ‘desculpá-los’ (!?).

Pois é. Acontece que Aquele que assim falava

era “Filho de Deus” antes que “filho (adotivo) de José”

Tal como aqueloutro homem – o profeta Jeremias –

tinha sido escolhido (que é como dizer “criado”)

antes de ser ‘concebido’ no ventre materno,

ou seja, antes de ser “filho”(?) de outros seres humanos…

Porém, esta é a realidade mais assombrosa e extraordinária,

a melhor verdade – e gratuita! – que nos podiam revelar:

criados por Deus, gerados por Deus, filhos de Deus,

antes que ‘filhos (adotivos, agora sim!) de outros humanos’.

Caberia dizer – e esta é a nossa admirável descoberta – :

“Somos, todos e cada um de nós, verdadeiros filhos de Deus”,

e os outros ‘pais’ humanos são, apenas,

“corrente de transmissão” da nossa “vida humano-divina”, desde Deus.

Em conclusão, ninguém ousaria pensar “isto” se não fosse

o próprio Jesus – o Filho de Deus – a afirmá-lo! (*)

E quando é o Filho de Deus quem o proclama,

quem é que pode contradizê-l’O ou pensar outra coisa diferente!?…

(*)-Para quem ainda não sabia, esta Verdade ‘incrível’ podemos encontrá-la

em vários ‘textos bíblicos’: Jo 10,34; Sl 82,6; Mt 6,7; Gl 4,6; Rm 8,14-15 ...).

 

             « Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe admirável, Mãe do Criador,…     [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora ]

Então, Mãe, como é! “Mãe de Deus” e “Mãe do Criador”? Tu que, ao mesmo tempo, és “filha” de Deus como todos nós? E, por isso, claro, “Mãe admirável” (não podia ser de outro modo)!… Explica-nos, Mãe, como pode ser isto!?… Ora, já estamos a ver que é “(in)explicável” para nós… Mas não para Deus, para Quem tudo é possível e explicável! Então, deixemo-lo nas mãos d’Ele. Mas Tu – que és Mãe numa outra dimensão! – ajuda-nos a agradecer-louvar-amar este Deus Pai-Mãe (“Abba”), mistério insondável (!).

 

— Da «Outra Poesia» —  

– «Pai, volto a Ti!» / para ser cantada –

Querido Pai, cansado, volto a Ti…

Faz que conheça o dom da tua amizade:

viver p’ra sempre a alegria do perdão,

e à tua beira, a festa celebrar.

Nas tuas mãos minhas culpas, ó Senhor;

tenho a certeza: que Tu és sempre fiel.

Dá-me a tua força para poder andar,

buscando em tudo fazer tua Vontade.

Pai, procuro o teu amor …

Pai, volto a Ti…

Olha que teu filho sou…

Pai, volto a Ti.         

Eu reconheço que às vezes esqueci

que és meu Pai e que estás junto de mim;

que sou teu filho e me aceitas como sou:

Tu só me pedes viver pela Verdade.

Quero sentir-Te perto de mim, Senhor;

quero escutar tua Voz no coração;

sentir-me livre na tua Liberdade;

ser testemunha fiel da fraternidade.

[ António T. / Grupo ‘Kairoi’ ]

 

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