———-  [ 40.Ccc- Domingo.17-Comum ]

===   “Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai,… perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende…’. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á… Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo a quem Lho pedir!»”. (Lc 11,2.4.9.13 -3ªL-).

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Sempre que orardes, dizei: Pai, Pai nosso!

Nem ‘meu’ nem ‘teu’ nem… mas é ‘nosso Pai’.

Pai dos que vivem a fraternidade,

que são irmãos porque se sentem filhos

Sim, mas… rezarmos, porquê e para quê,

se “o Pai sabe bem do que precisamos,

mesmo antes de nós pensar nos pedidos”?(Mt 6,8)

Verdade que o Pai – por Si e em Si mesmo –

não precisava da nossa oração.

Nós é que necessitamos rezar,

porque ao fazê-lo ficamos conscientes:

do que somos nós; do que Ele é;

da nossa miséria e necessidades

– dos outros, nossas, de filhos e irmãos –.

Rezar é dialogar, antes de mais:

uma conversa íntima entre amigos,

que nos faz sempre bem, a nós e a Ele(!).

E agora sim, pedir já tem sentido;

rogar e suplicar também por nós

– embora começando pelos outros! –

e com a “teimosia de Abraão”(Gn 18/1ªL.)

Ou com as “insistências” de Jesus:

“Pedi e recebereis, dar-se-vos-á;

procurai e achareis; batei a porta

uma vez e outra vez, e ela abrirá…”.

Como é que o Pai vos poderá negar

alguma coisa, para o vosso bem,

se “Ele dará até o Espírito Santo

a todo aquele que O quiser pedir!?”.

Tu reza com as ‘mínimas palavras’.

Conecta-te ao Espírito, no íntimo,

e aí clama somente: «Abbá, Pai!».(Gl 4,6 / Rm 8,15)       

 

 

« Sede da Sabedoria, Vaso espiritual, Mãe de Deus,…       [Da: «LADAINHA» de Nossa Senhora…]

Foi Jesus quem nos revelou, Mãe, que somos filhos de Deus; e assim, ensinou-nos a chamar-Lhe Pai, mas “Pai nosso”, Pai de todos e cada um dos humanos… Tu, que também aprendeste do mesmo Filho Jesus a chamar-Lhe “Pai”, hás de nos ensinar a pronunciar esse nome, como filhos carinhosos e fiéis, assim: “Abbá, Pai”!  Sabíamos, Mãe, que és – ó admirável mistério! –: não só filha de Deus-Pai e mãe de Deus-Filho (daí “Mãe de Deus”), mas também esposa de Deus-Espírito Santo. Isto porque foi o Espírito Santo quem, não só gerou no teu seio o Filho de Deus, Jesus, mas porque Ele continua a gerar todos os filhos de Deus, transformando-Te em “nossa Mãe”… Acudimos então a Ti, “Sede da Sabedoria” (ou seja, do Espírito Santo) e “Vaso espiritual” (recipiente do mesmo Espírito), para que – por Ele e n’Ele – saibamos, Mãe, clamar conTigo, desde o nosso coração: ABBÁ-PAI!

 

                  –—- Da «Outra Poesia» —–

                —  PAI NOSSO CAÍDO”  (~‘Pai nosso cigano’?)  —

Pai Nosso que estás no chão,

três vezes caído

p’ra fazer-nos possível teu Reino

que estava perdido.

Em tua força, Senhor, confiamos;

do teu lábio esperamos o grito

que diga a teu povo “levanta

e volta ao caminho”.

Mas, igual que no Céu,

na terra cumpra-se o teu sagrado desígnio.

Vem a dar-nos teu pão cada dia

e perdoa quanto Te ferimos,

porque também nós esquecemos

o mal recebido.

E se vês que caímos de novo,

Mestre Divino,

– porque é muita a carga da cruz

e sem Ti caminhamos perdidos –

livra-nos do poder desta terra

e outra vez estaremos conTigo

p’ra que um dia gozemos o Reino

por Ti prometido.

Põe asas de amor a Triana (‘minha Terra’)

e guarda-lhe um sítio,

Pai Nosso que estás no Céu

glorioso e bendito! Amém.

[ Anónimo – A “Nosso Pai Jesus das três Caídas”.

– Capela dos Marinheiros – ]

 

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