– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 22 do Tempo Comum)
“…Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, os teus irmãos, os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos»”. (Lc 14,12-14 / 3ª L.).
Dos três evangelistas sinópticos, Lucas é, sem dúvida, quem oferece a sua narrativa evangélica de um modo mais cuidado, organizado, estruturado. Até ele próprio indica-o no início do seu Livro (o ‘3º dos 4 relatos Evangélicos’): “… Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado desde a origem cuidadosamente, expô-lo a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo…” (Lc 1,3). Das 6 partes em que é dividido este seu Evangelho, o nosso texto pertence à IV, que trata da doutrina e feitos de Jesus, e que leva por título «A subida de Jesus a Jerusalém»… Isto, porque Lucas parece ter intuído que “tudo o que Jesus fez e ensinou” (nessa e em todas as etapas da sua vida) tinha essa perspetiva “pascal”, isto é, a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, realizadas em Jerusalém.
A – E, mais uma vez, como sempre, Jesus manifesta-se tão realista, coerente e radical na utilização das suas parábolas! Não fica espaço para dúvidas quanto a comportamentos, reações e atitudes…
B – Não percamos de vista então, que, pelo facto de tudo isto acontecer “a caminho de Jerusalém”, o sentido ou perspetiva pascal é fundamental para a nossa reflexão… Assim, ficará tudo mais claro!
A – Se a própria vida (‘caminhada’) de Jesus processa-se na direção (‘a caminho’) de Jerusalém – onde deverá passar pela Cruz para chegar à Ressurreição – a nossa vida deverá ser desse ‘estilo’!
B – No presente texto – tal como no imediatamente anterior (Lc 14,7-11) – é-nos apresentada ‘a chave’, nas nossas condutas e comportamentos, se verdadeiramente queremos chegar à Salvação- Vida Eterna (ou “ressurreição dos justos”): a ‘chave’ – sabemo-lo já – é «começarmos em baixo»!
A – Precisamente esse texto anterior conclui (no v.11): “Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado”. Isto, a propósito do lugar ocupado no banquete a que Jesus foi convidado.
B – O conselho amigável de Jesus – ao fariseu que O tinha convidado àquela refeição – é límpido, incisivo e desconcertante: “Não convides aos amigos nem aos irmãos… nem aos vizinhos ricos”.
A – Como é costume, quem se aproxima de Jesus nunca vai encontrar ‘facilitismos’ nem o que ‘toda a gente faz’ nem o ‘seguir docemente a corrente’, ou seja, “o politicamente correto”. Nunca!
B – Então, a quem é que podemos convidar?… – Bom, já estamos a ver. Àqueles, precisamente, que “não vão poder retribuir”, e talvez nem agradecer: os mais pobres, carentes, necessitados…
A – É que, Jesus de Nazaré – pobre e humilde – sempre foi “o oposto” do ‘politicamente correto’!!!
A-B: Na verdade, Senhor, a Tua palavra/doutrina não é precisamente ‘convidativa’(!?).
Realmente, Jesus, conTigo não valem “meias tintas” nem o “tanto faz” nem…
E… nada de ‘vir desde cima’ ou ‘situar-se no topo’ ou ser… ‘politicamente correto’!
Seguindo-Te a Ti, Jesus, que és “o Servo”, estaremos sempre no último lugar,
onde se encontram os “pequenos e pobres”, que tanto agradam ao Teu e nosso Pai;
aqueles a quem nós temos a missão de “servir”, como Tu e conTigo. Obrigado, Jesus!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
26 Agosto, 2022
«Ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 22 do Tempo Comum)
“…Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, os teus irmãos, os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos»”. (Lc 14,12-14 / 3ª L.).
Dos três evangelistas sinópticos, Lucas é, sem dúvida, quem oferece a sua narrativa evangélica de um modo mais cuidado, organizado, estruturado. Até ele próprio indica-o no início do seu Livro (o ‘3º dos 4 relatos Evangélicos’): “… Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado desde a origem cuidadosamente, expô-lo a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo…” (Lc 1,3). Das 6 partes em que é dividido este seu Evangelho, o nosso texto pertence à IV, que trata da doutrina e feitos de Jesus, e que leva por título «A subida de Jesus a Jerusalém»… Isto, porque Lucas parece ter intuído que “tudo o que Jesus fez e ensinou” (nessa e em todas as etapas da sua vida) tinha essa perspetiva “pascal”, isto é, a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, realizadas em Jerusalém.
A – E, mais uma vez, como sempre, Jesus manifesta-se tão realista, coerente e radical na utilização das suas parábolas! Não fica espaço para dúvidas quanto a comportamentos, reações e atitudes…
B – Não percamos de vista então, que, pelo facto de tudo isto acontecer “a caminho de Jerusalém”, o sentido ou perspetiva pascal é fundamental para a nossa reflexão… Assim, ficará tudo mais claro!
A – Se a própria vida (‘caminhada’) de Jesus processa-se na direção (‘a caminho’) de Jerusalém – onde deverá passar pela Cruz para chegar à Ressurreição – a nossa vida deverá ser desse ‘estilo’!
B – No presente texto – tal como no imediatamente anterior (Lc 14,7-11) – é-nos apresentada ‘a chave’, nas nossas condutas e comportamentos, se verdadeiramente queremos chegar à Salvação- Vida Eterna (ou “ressurreição dos justos”): a ‘chave’ – sabemo-lo já – é «começarmos em baixo»!
A – Precisamente esse texto anterior conclui (no v.11): “Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado”. Isto, a propósito do lugar ocupado no banquete a que Jesus foi convidado.
B – O conselho amigável de Jesus – ao fariseu que O tinha convidado àquela refeição – é límpido, incisivo e desconcertante: “Não convides aos amigos nem aos irmãos… nem aos vizinhos ricos”.
A – Como é costume, quem se aproxima de Jesus nunca vai encontrar ‘facilitismos’ nem o que ‘toda a gente faz’ nem o ‘seguir docemente a corrente’, ou seja, “o politicamente correto”. Nunca!
B – Então, a quem é que podemos convidar?… – Bom, já estamos a ver. Àqueles, precisamente, que “não vão poder retribuir”, e talvez nem agradecer: os mais pobres, carentes, necessitados…
A – É que, Jesus de Nazaré – pobre e humilde – sempre foi “o oposto” do ‘politicamente correto’!!!
A-B: Na verdade, Senhor, a Tua palavra/doutrina não é precisamente ‘convidativa’(!?).
Realmente, Jesus, conTigo não valem “meias tintas” nem o “tanto faz” nem…
E… nada de ‘vir desde cima’ ou ‘situar-se no topo’ ou ser… ‘politicamente correto’!
Seguindo-Te a Ti, Jesus, que és “o Servo”, estaremos sempre no último lugar,
onde se encontram os “pequenos e pobres”, que tanto agradam ao Teu e nosso Pai;
aqueles a quem nós temos a missão de “servir”, como Tu e conTigo. Obrigado, Jesus!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net