– A PALAVRA, refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 34 do Tempo Comum)
“Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei a Hebron. David fez com eles uma aliança diante do Senhor, e eles sagraram-no rei de Israel”. (2Sm 5,1-3 / 1ª L.).
A história da «monarquia israelita» descreve-se através da maior parte dos chamados Livros Históricos da Bíblia. E esta monarquia bíblica não é autocrática nem democrática, mas “teocrática”, ou seja, “dependente de Deus”. Foi, portanto, a melhor forma de governo instaurada – ‘inspirada’ – para o Povo de Israel, como ‘nação’ depositária das Promessas Divinas, entre todos os povos e para todas as nações. Assim sendo, daqueles dois primeiros “reis” (Saul e David) – únicos ‘ungidos’ pelo Senhor – como, aliás, de todos os que viriam depois nesta Monarquia de Israel, o mais “importante e definitivo” é, sem discussão, o rei David, “homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13,14 e At 13,22). Aliás, o nome deste rei, “David”, aparece na maior parte dos Livros do Antigo e do Novo Testamento. É perfeitamente natural que o Messias-Jesus fosse “(pre)figurado” no rei David; ou, dito de outro modo, que este personagem fosse, em todo o AT, a “figura” capital do futuro Messias, especialmente da “realeza de Jesus”, isto é, de «Cristo Rei».
A – É interessante constatar, antes de mais, que este homem David – a pesar da sua vida um tanto equívoca, capaz do melhor e do pior, ou talvez por isso! – viesse a representar a melhor ‘figura’ para o verdadeiro Messias – Deus em Jesus – que, ao Se encarnar, assumiu em Si toda a Humanidade…
B – Pois é: “Deus enviou o seu Filho, que levou no seu corpo os nossos pecados” (1Pe 2,24; 1Jo 4,10; etc.). Até chegar a escrever: “Ele fez-se pecado por nós” (2Cr 5,21). Quer dizer, assumiu o ser humano no seu todo – no seu bem e no seu mal –! … E o rei David representou (‘prefigurou’) isso mesmo!
A – Talvez nos chame a atenção, acerca do próprio David, esta afirmação, do nosso texto, que o povo dirige ao seu rei: “Nós somos dos teus ossos e da tua carne”. Declaração radical e “profética”!
B – Sobretudo profética. Sim, porque, afinal, o que Cristo Jesus iria fazer, ‘quando chegasse a hora de Deus’, seria realizar algo de ‘maior e melhor’! Pois, qual ‘verdadeiro David’ (e não só “figura”), Ele iria “tomar a nossa carne” antes do que nós “tomarmos a ‘carne’ d’Ele” (que ainda não tinha!).
A – Mas o paralelismo “profético” continua. O Messias, Cristo Jesus, iria ser “Rei Pastor”, tal como a Sua “figura”, David, tinha sido ‘antes pastor e depois rei’ de Israel (“tu apascentarás o meu povo”).
B – E mais. É verdade que aquele David “tinha feito com eles uma aliança diante do Senhor”, mas este “filho de David”, o Messias Cristo Jesus, realizou a autêntica e definitiva “Nova Aliança”!
A – Para todos nós, os humanos – cristãos ou não –, o Filho de Deus (e ‘de David’) Encarnado, esse Jesus de Nazaré, sempre ‘foi’, ‘é’ e ‘será’ único e verdadeiro Rei-Pastor, sim, “carne da nossa carne”!
A-B: Se de Ti dependesse, Jesus, «Rei dos nossos corações»,
trocarias a ‘coroa de joias’ que às vezes Te colocamos os humanos
pela Tua “coroa de espinhos” – vitoriosa, triunfante, Gloriosa! –…
E porque a “coroa de espinhos” representa melhor o Teu Amor por nós,
também nós queremos levar essa “coroa” no nosso coração (!?)…
Quer dizer, nós prometemos que serás sempre “o nosso Rei-Pastor”;
e assim ‘amarmos nós também a cruz’(!). Já que «Amor, com amor se paga»!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
18 Novembro, 2022
«Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 34 do Tempo Comum)
“Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei a Hebron. David fez com eles uma aliança diante do Senhor, e eles sagraram-no rei de Israel”. (2Sm 5,1-3 / 1ª L.).
A história da «monarquia israelita» descreve-se através da maior parte dos chamados Livros Históricos da Bíblia. E esta monarquia bíblica não é autocrática nem democrática, mas “teocrática”, ou seja, “dependente de Deus”. Foi, portanto, a melhor forma de governo instaurada – ‘inspirada’ – para o Povo de Israel, como ‘nação’ depositária das Promessas Divinas, entre todos os povos e para todas as nações. Assim sendo, daqueles dois primeiros “reis” (Saul e David) – únicos ‘ungidos’ pelo Senhor – como, aliás, de todos os que viriam depois nesta Monarquia de Israel, o mais “importante e definitivo” é, sem discussão, o rei David, “homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13,14 e At 13,22). Aliás, o nome deste rei, “David”, aparece na maior parte dos Livros do Antigo e do Novo Testamento. É perfeitamente natural que o Messias-Jesus fosse “(pre)figurado” no rei David; ou, dito de outro modo, que este personagem fosse, em todo o AT, a “figura” capital do futuro Messias, especialmente da “realeza de Jesus”, isto é, de «Cristo Rei».
A – É interessante constatar, antes de mais, que este homem David – a pesar da sua vida um tanto equívoca, capaz do melhor e do pior, ou talvez por isso! – viesse a representar a melhor ‘figura’ para o verdadeiro Messias – Deus em Jesus – que, ao Se encarnar, assumiu em Si toda a Humanidade…
B – Pois é: “Deus enviou o seu Filho, que levou no seu corpo os nossos pecados” (1Pe 2,24; 1Jo 4,10; etc.). Até chegar a escrever: “Ele fez-se pecado por nós” (2Cr 5,21). Quer dizer, assumiu o ser humano no seu todo – no seu bem e no seu mal –! … E o rei David representou (‘prefigurou’) isso mesmo!
A – Talvez nos chame a atenção, acerca do próprio David, esta afirmação, do nosso texto, que o povo dirige ao seu rei: “Nós somos dos teus ossos e da tua carne”. Declaração radical e “profética”!
B – Sobretudo profética. Sim, porque, afinal, o que Cristo Jesus iria fazer, ‘quando chegasse a hora de Deus’, seria realizar algo de ‘maior e melhor’! Pois, qual ‘verdadeiro David’ (e não só “figura”), Ele iria “tomar a nossa carne” antes do que nós “tomarmos a ‘carne’ d’Ele” (que ainda não tinha!).
A – Mas o paralelismo “profético” continua. O Messias, Cristo Jesus, iria ser “Rei Pastor”, tal como a Sua “figura”, David, tinha sido ‘antes pastor e depois rei’ de Israel (“tu apascentarás o meu povo”).
B – E mais. É verdade que aquele David “tinha feito com eles uma aliança diante do Senhor”, mas este “filho de David”, o Messias Cristo Jesus, realizou a autêntica e definitiva “Nova Aliança”!
A – Para todos nós, os humanos – cristãos ou não –, o Filho de Deus (e ‘de David’) Encarnado, esse Jesus de Nazaré, sempre ‘foi’, ‘é’ e ‘será’ único e verdadeiro Rei-Pastor, sim, “carne da nossa carne”!
A-B: Se de Ti dependesse, Jesus, «Rei dos nossos corações»,
trocarias a ‘coroa de joias’ que às vezes Te colocamos os humanos
pela Tua “coroa de espinhos” – vitoriosa, triunfante, Gloriosa! –…
E porque a “coroa de espinhos” representa melhor o Teu Amor por nós,
também nós queremos levar essa “coroa” no nosso coração (!?)…
Quer dizer, nós prometemos que serás sempre “o nosso Rei-Pastor”;
e assim ‘amarmos nós também a cruz’(!). Já que «Amor, com amor se paga»!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net