— 9.A3 – 1 Dom. Quar. / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico —
«DIABO!… QUE HISTÓRIA É ESSA?»
‘Quarenta’ dias (de onde deriva “Quaresma”) são os que Jesus jejuou no deserto; ou os ‘quarenta’ dias da duração do Dilúvio; ou os ‘quarenta’ anos, da travessia do deserto (do povo hebreu) para ‘a Terra Prometida’; etc. Pois, em qualquer caso, trata-se de números simbólicos (que não quer dizer que se refiram ao 40 matemático)…
Bom, mas no início da Quaresma (Ciclo A) aparece-nos pela frente um ‘personagem’ – odiado por muitos(!) e talvez ‘amado’ por muitos outros(?) – : é o diabo, o maligno, satanás… Também não sabemos se pode ser apelidado de ‘personagem’, já que não parece ter “entidade pessoal”, isto é, não pode ser considerado como “pessoa”, uma vez que «“pessoa” define-se como o ser capaz de amar…»(!). Todavia, trata-se de um ser ‘controverso’, dotado de muito poder (!) embora sempre submetido ao poder de Deus. Neste sentido, e ao mesmo tempo, este ‘ser diabólico’ tem uma existência limitada, porque dependente da existência do ser humano (dotado de uma liberdade que não está livre de tentações). Por isso, há quem pense que, quando acabar toda e qualquer vida humana mortal (se isto acontecer!) já não terá sentido a existência dos ‘diabos’, dado que estes são o ‘produto’ (melhor o ‘somatório’) de todas as liberdades mal-entendidas (falsas liberdades); dito doutro modo, seriam como o efeito e resultado, ou como uma “criatura”, filha do Mal existente neste nosso “mundo temporal”(!)…
Mas, nem por isso deixa de ser um inimigo real muito poderoso, perante o qual, se contarmos apenas e só com as nossas forças, seremos sempre derrotados… Lembro-me de ter dito, mais do que uma vez, aos alunos, sobretudo aos mais crescidos (citando aquela expressão textual* de Santa Teresa de Jesus): Meus amigos, na luta contra ‘este Inimigo’, se não formos «*Amigos fortes de Deus» seremos vencidos pelo poderoso espírito Maligno!
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»» “A mulher (Eva) viu então que o fruto da árvore era bom para comer e agradável à vista, e precioso para esclarecer a inteligência. Colheu o fruto e comeu; depois deu-o ao marido, que também comeu”. (Gn / 1ªL)
»» “Jesus jejuou quarenta dias…, no deserto, e sentiu fome. O tentador disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus replicou-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem”. (Mt / 3ªL)
———–
Porém, uma coisa é bem certa: a astúcia e o poder deste “espírito do mal” são enormes! Todavia, esta denominação de ‘espírito’ não tem nada a ver com a palavra Espírito atribuída à Divindade; nem tem a ver com o mesmo termo “espírito”, referido ao ser humano (gerado por Deus!) e cuja natureza “espiritual” é filial e essencial. Aplicado ao diabo, referir-se-ia só à sua habitual aparência invisível… Mesmo assim, tão fortes são esses poderes que, qualquer ser humano, só por si, não tem forças para os vencer; a não ser que contemos – sempre e antes de tudo – com a amizade de Deus (não esqueçamos aquilo de «amigos fortes de Deus»)!…
Aliás, bem se reflete, na Palavra de hoje, esse poder astucioso e maléfico de um ‘ser poderoso’ que conhece muito bem a “psicologia humana”, já desde o “paraíso terreal”(!)…
Sim: + O Tentador é capaz de aparecer sob as formas mais raras e inesperadas –[ uma ‘serpente’, uma ‘figura humana’, um ‘anjo de luz’…]; + Quer no caso de Eva quer no de Jesus, começa por testar o sentido do gosto e da vista –[ “fruto da árvore, bom para comer e agradável à vista”; “transformar umas pedras em pães, ao sentir fome” ]; + Conhece a ‘apetência’ humana pela sabedoria e o conhecimento –[ “fruto precioso para esclarecer a inteligência…” ]; + Sabe utilizar o mesmo tipo de arma que utiliza o ‘tentado’ para se defender –[ perante a defesa de Jesus, usando a Palavra, ao dizer-lhe “Está escrito…”, o tentador contra-ataca utilizando a mesma Palavra, “…pois está escrito…” ]; etc.
Então, será bem preciso sermos conscientes de: a classe de inimigo que enfrentamos; a nossa preparação anterior, para nos defender; e, sobretudo, nunca agirmos como se ‘ele’ não existisse, já que – pelos vistos! – um dos seus melhores estratagemas é conseguir que muitos humanos atuem negando a sua existência!… Cristo, porém, lidou com ele como ser bem real!
NOTA.- Peço desculpa pela extensão, que não é a norma atualmente. Mas… ‘caí na tentação’(!). Perdão!
[ De «Outras Invocações e/ou Títulos» de Nossa Senhora: ]
+ “Nossa Senhora das Vitórias; Senhora do Perpétuo Socorro;
[ Senhora Virgem Imaculada; Senhora Vencedora; da Vitória ]… e nossa Mãe:
Sendo Tu, Mãe Imaculada – porque nunca o Maligno sequer pode ‘tocar-Te’ –
estás sempre pronta, Senhora do Perpétuo Socorro, para acudir aos teu filhos;
estes sim, uma e mil vezes assaltados pelo Tentador e em perigo de cair no mal.
Defenda-nos o teu escudo protetor para vencermos conTigo, ó Senhora da Vitória!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
24 Fevereiro, 2023
«DIABO!… QUE HISTÓRIA É ESSA?»
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 9.A3 – 1 Dom. Quar. / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico —
«DIABO!… QUE HISTÓRIA É ESSA?»
‘Quarenta’ dias (de onde deriva “Quaresma”) são os que Jesus jejuou no deserto; ou os ‘quarenta’ dias da duração do Dilúvio; ou os ‘quarenta’ anos, da travessia do deserto (do povo hebreu) para ‘a Terra Prometida’; etc. Pois, em qualquer caso, trata-se de números simbólicos (que não quer dizer que se refiram ao 40 matemático)…
Bom, mas no início da Quaresma (Ciclo A) aparece-nos pela frente um ‘personagem’ – odiado por muitos(!) e talvez ‘amado’ por muitos outros(?) – : é o diabo, o maligno, satanás… Também não sabemos se pode ser apelidado de ‘personagem’, já que não parece ter “entidade pessoal”, isto é, não pode ser considerado como “pessoa”, uma vez que «“pessoa” define-se como o ser capaz de amar…»(!). Todavia, trata-se de um ser ‘controverso’, dotado de muito poder (!) embora sempre submetido ao poder de Deus. Neste sentido, e ao mesmo tempo, este ‘ser diabólico’ tem uma existência limitada, porque dependente da existência do ser humano (dotado de uma liberdade que não está livre de tentações). Por isso, há quem pense que, quando acabar toda e qualquer vida humana mortal (se isto acontecer!) já não terá sentido a existência dos ‘diabos’, dado que estes são o ‘produto’ (melhor o ‘somatório’) de todas as liberdades mal-entendidas (falsas liberdades); dito doutro modo, seriam como o efeito e resultado, ou como uma “criatura”, filha do Mal existente neste nosso “mundo temporal”(!)…
Mas, nem por isso deixa de ser um inimigo real muito poderoso, perante o qual, se contarmos apenas e só com as nossas forças, seremos sempre derrotados… Lembro-me de ter dito, mais do que uma vez, aos alunos, sobretudo aos mais crescidos (citando aquela expressão textual* de Santa Teresa de Jesus): Meus amigos, na luta contra ‘este Inimigo’, se não formos «*Amigos fortes de Deus» seremos vencidos pelo poderoso espírito Maligno!
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»» “A mulher (Eva) viu então que o fruto da árvore era bom para comer e agradável à vista, e precioso para esclarecer a inteligência. Colheu o fruto e comeu; depois deu-o ao marido, que também comeu”. (Gn / 1ªL)
»» “Jesus jejuou quarenta dias…, no deserto, e sentiu fome. O tentador disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus replicou-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem”. (Mt / 3ªL)
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Porém, uma coisa é bem certa: a astúcia e o poder deste “espírito do mal” são enormes! Todavia, esta denominação de ‘espírito’ não tem nada a ver com a palavra Espírito atribuída à Divindade; nem tem a ver com o mesmo termo “espírito”, referido ao ser humano (gerado por Deus!) e cuja natureza “espiritual” é filial e essencial. Aplicado ao diabo, referir-se-ia só à sua habitual aparência invisível… Mesmo assim, tão fortes são esses poderes que, qualquer ser humano, só por si, não tem forças para os vencer; a não ser que contemos – sempre e antes de tudo – com a amizade de Deus (não esqueçamos aquilo de «amigos fortes de Deus»)!…
Aliás, bem se reflete, na Palavra de hoje, esse poder astucioso e maléfico de um ‘ser poderoso’ que conhece muito bem a “psicologia humana”, já desde o “paraíso terreal”(!)…
Sim: + O Tentador é capaz de aparecer sob as formas mais raras e inesperadas –[ uma ‘serpente’, uma ‘figura humana’, um ‘anjo de luz’…]; + Quer no caso de Eva quer no de Jesus, começa por testar o sentido do gosto e da vista –[ “fruto da árvore, bom para comer e agradável à vista”; “transformar umas pedras em pães, ao sentir fome” ]; + Conhece a ‘apetência’ humana pela sabedoria e o conhecimento –[ “fruto precioso para esclarecer a inteligência…” ]; + Sabe utilizar o mesmo tipo de arma que utiliza o ‘tentado’ para se defender –[ perante a defesa de Jesus, usando a Palavra, ao dizer-lhe “Está escrito…”, o tentador contra-ataca utilizando a mesma Palavra, “…pois está escrito…” ]; etc.
Então, será bem preciso sermos conscientes de: a classe de inimigo que enfrentamos; a nossa preparação anterior, para nos defender; e, sobretudo, nunca agirmos como se ‘ele’ não existisse, já que – pelos vistos! – um dos seus melhores estratagemas é conseguir que muitos humanos atuem negando a sua existência!… Cristo, porém, lidou com ele como ser bem real!
NOTA.- Peço desculpa pela extensão, que não é a norma atualmente. Mas… ‘caí na tentação’(!). Perdão!
[ De «Outras Invocações e/ou Títulos» de Nossa Senhora: ]
+ “Nossa Senhora das Vitórias; Senhora do Perpétuo Socorro;
[ Senhora Virgem Imaculada; Senhora Vencedora; da Vitória ]… e nossa Mãe:
Sendo Tu, Mãe Imaculada – porque nunca o Maligno sequer pode ‘tocar-Te’ –
estás sempre pronta, Senhora do Perpétuo Socorro, para acudir aos teu filhos;
estes sim, uma e mil vezes assaltados pelo Tentador e em perigo de cair no mal.
Defenda-nos o teu escudo protetor para vencermos conTigo, ó Senhora da Vitória!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net