Gn 12,1-2: “O Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai

e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei…»”. //  2Tm 1,8-9: “Caríssimo: Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus. Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade”. //  Mt 17,1-2: “Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte, e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”.

 

D‘DEIXA A TUA TERRA, A TUA FAMÍLIA E A CASA DE TEU PAI E VAI PARA A TERRA QUE EU TE INDICAR…’ (Gn 12)

OCARÍSSIMO: SOFRE COMIGO PELO EVANGELHO… DEUS SALVOU-NOS E CHAMOU-NOS À SANTIDADE… (2Tm 1)

C JESUS TOMOU CONSIGO PEDRO, TIAGO E JOÃO… NUM ALTO MONTE, TRANSFIGUROU-SE DIANTE DELES (Mt 17)

O – Como devemos nós entender isso de “Jesus Se transfigurou”? E poderemos tentar imitá-Lo?…

D – Pensai e vereis que há uma outra “transfiguração” ao alcance dos humanos durante a sua peregrinação por este mundo… Não esquecer: «Sede santos porque Eu, o Senhor, sou santo».

C – E quando Ele o diz é porque – para isso – sempre vamos ter a Sua Graça. É o que nos lembra hoje Paulo ao escrever ao seu discípulo Timóteo: “Sofre comigo… apoiado na força de Deus”.

O – E será que vamos ter “a força de Deus” (a Sua Graça) também quando Ele nos peça – como fez a Abraão – “deixar a nossa terra, a nossa família, a casa paterna…”?

C – Pois é. Em tal caso, estaríamos a falar da nossa «vocação e missão» nesta vida. E podemos ter a certeza de que, antes mesmo de ‘nos chamar Deus’ para seguir uma determinada “vocação”, já Ele nos proveu de força e dons superabundantes para enfrentar isso.

D – Deveis lembrar que o primeiro a dar exemplo na realização da vocação-missão foi o meu Filho Jesus, que levou a sua fidelidade “até à morte e morte de Cruz”, para a RESSURREIÇÃO!

O – Devemos entender, então, que é esse o caminho da verdadeira “transfiguração”! Não é?

 

’ X – O Pai-Deus – Origem e Princípio de todo o ser vivo (que isso significa ‘Pai’ segundo o ensino de Jesus) – além de gerá-lo (criá-lo), ou seja, “chamá-lo” à vida, “chama” uma segunda vez o ser humano, para que realize (agora sim, livre e conscientemente) uma missão, dentro desta vida. Somos, portanto, objeto de dois “apelos”: fomos chamados à vida e somos chamados a realizar uma missão. Daí que este segundo apelo (ou ‘chamada’) seja entendido como “vocação” (de vocare, chamar). De tal modo que a «primeira vocação» (apelo à vida) foi, da nossa parte, inconsciente como é evidente (pois não era possível contar connosco!?), enquanto que a «segunda vocação» (apelo à missão pessoal) terá de ser consciente e livre, segundo aquela máxima antiga: «Deus, que te ‘criou’ sem ti, não ‘te salvará’ sem ti». Considerando, porém – na linha do tema que nos ocupa – que a expressão ‘te salvará’ deve entender-se como “te santificará” (“te transfigurará”) só terá efeito contando com a tua colaboração, livre e voluntária, na fidelidade à “vocação” e missão que terás escutado, recebido e assumido… — Então, ó Jesus, que nos ensinaste a chamar Pai (Abba) a Deus (porque Tu sabias que não podia ser outra coisa!): ajuda-nos nesta tarefa de “transfiguração” e santificação para sermos fiéis ao “sonho” (e ‘vocação’) que o Pai Deus tem para cada um de nós!

 

[] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’) :

-) «Renova-nos por dentro. Renova-nos! Renova-nos bem por dentro. Renova-nos!» …

-) «Ó Deus, cria em mim um coração puro. Renova-me por dentro, renova-me por dentro com espírito firme» …

-) «Ó Jesus, Tu que foste bom, dá-nos luz para mudar, se ainda é tempo para amar» …  

 

«CITAÇÕES» À LUZ DESTA PALAVRA

[ Textos:  do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]

Palavras do Papa FranciscoAcerca da ‘Transfiguração’ de Jesus.

«A subida dos discípulos ao monte Tabor leva-nos a refletir acerca da importância de nos desapegarmos das coisas mundanas, a fim de fazer um caminho rumo ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de nos pormos à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, procurando momentos de oração que permitem o acolhimento dócil e jubiloso da Palavra de Deus. Nesta ascensão espiritual, neste afastamento das coisas mundanas, somos chamados a redescobrir o silêncio pacificador e regenerante da meditação do Evangelho, da leitura da Bíblia…

No final da admirável experiência da Transfiguração, os discípulos desceram do monte com os olhos e o coração transfigurados pelo encontro com o Senhor. É o percurso que podemos realizar também nós. A redescoberta cada vez mais viva de Jesus não constitui um fim em si, mas induz-nos a “descer do monte”, restaurados pela força do Espírito divino, para decidir novos passos de conversão e para viver constantemente a caridade, como lei de vida diária. Transformados pela presença de Cristo e pelo fervor da sua palavra, seremos sinal concreto do amor vivificador que Deus tem por todos os nossos irmãos, sobretudo por quem sofre, por quantos se encontram na solidão e no abandono, pelos doentes e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência…».

 [Na – Praça de S. Pedro do Vaticano, antes da Oração do ‘Angelus’ (Domingo,17.08.2017)-]

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS:  http://palavradeamorpalavra.sallep.net