55.A3 – Domingo.32.Comum – / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«O MISTÉRIO da “MORTEVIDA»

Há muitas pessoas a não compreender que a maioria (?) da gente (dos seres humanos) tenha medo terrífico da morte, pelo facto de ela ser (ao que parece!) o fim real para todos… Bom, até certo ponto compreende-se (!?)… Porém, o que já se não compreende é que essa maioria esteja a viver os seus dias sem fazer qualquer coisa para tentar descortinar, inquirir, o sentido certo e exato da morte, ou então, pelo menos, fazer alguma coisa “como preparação” para enfrentar esse momento único, dado que, afinal, é (para eles!?) ‘incerto’ o que acontece “no durante” e “no depois” do facto(!) da morte (*). A Palavra de Deus avisa-nos diversas vezes acerca dessa “preparação”. O Evangelho de hoje é bem claro ao respeito, através da parábola das “cinco virgens insensatas e das cinco prudentes”… E podemos perguntar: Porque é que não puderam entrar ao banquete nupcial aquelas ‘virgens insensatas’? – Pois pelo simples facto de elas não estarem lá quando a porta se abriu! E aí fica, no fim da sua parábola, o aviso de Jesus, claro e terminante: “Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora!” (Mt 25 / 3ªL).

(*)Para quem não o saiba, temos – na Mãe Natureza – uma ‘parábola’ real do que é o fenómeno da

 ‘morte’ para os Humanos. Trata-se do maravilhoso «fenómeno da chamada “metamorfose” completa»,

patente em alguns insetos (por ex. “borboletas”): A fase de ‘crisálida’ seria a ‘morte’ humana.      

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»»   A Sabedoria procura por toda a parte os que são dignos dela: aparece-lhes nos caminhos, cheia de amor, e vem ter com eles em todos os seus pensamentos”.(Sb 6 / 1ªL)

»»   “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito da morte, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus leva com Jesus os que n’Ele morrerem”.(1Ts 4 / 2ªL)

»»   “…As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se… Mais tarde, chegaram as outras virgens… que já não puderam entrar… E Jesus concluiu a parábola: «Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora!»”.(Mt 25 / 3ªL)

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Mas então, o que é que significa realmente ‘a morte’ para um número incalculável de pessoas de todos os tempos, raças, ideologias…? Sim, porque essas incontáveis pessoas conseguiram, conseguem – e conseguirão! – orientar e organizar a sua vida de acordo com o sentido real e verdadeiro que tem a morte!… Como? – Claro, aceitando e assumindo isso que se chama “fé”, e que é um “dom” gratuito. Como tal dom, está aberto a todos, desde que queiram ter uma “atitude recetiva”!… Quer dizer então que essa fé não se ‘consegue’ nem se ‘conquista’ nem se ‘cria’, com as próprias forças humanas!… Não será ‘mérito’ de ninguém… Simplesmente – no nosso dia a dia – basta estarmos com atenção e interesse àquilo que parece fundamental (no meio de tanta coisa superficial e passageira…!) para depararmos com isso que chamamos “fé”. E não esqueçamos que temos sempre connosco essa “Sabedoria divina que nos procura sempre e nos aparece nos caminhos, cheia de amor e benevolência”(Sb 6 / 1ªL). A partir deste “encontro”, tudo se vê diferente e tudo começa a mudar… Vislumbra-se, percebe-se e, até, compreende-se, que «a morte não é o final» (como bem diz um «hino das milícias marciais»!) mas é o início de tudo. E, efetivamente, quando já se tem fé, compreende-se e assume-se, por exemplo, a Palavra (de Paulo): “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito da morte, para não vos contristardes, como os que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus leva com Jesus os que n’Ele morrem”(1Ts 4 / 2ªL).

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos (“Piropos”!)» de Nossa Senhora: ]

+ Nossa Senhora da Fé; Senhora do Sim; e da Fidelidade;

Mãe da Esperança; Senhora da Boa Morte; e da Morte Feliz … nossa Mãe:

Aos que não têm Fé e carecem da Esperança: ilumina sua mente e coração;

abre os olhos do espírito e fortalece a vontade para poderem receber o dom da .

E aos que já caminhamos na senda da fé, ajuda-nos a dizer sim e sermos sempre fiéis!

Tu que és ‘Senhora e Mãe da Esperança’, não permitas que desistamos nesse Caminho

que conduz – no dia a dia da nossa vida – até essa passagem “da morte para a Vida”.

Que seja para todos, ó ‘Senhora da Boa Morte’, essa morte Feliz que todos desejamos!

 

 

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