Deixamos de lado, evidentemente, a questão do fruto (‘maçã’?) [1],

para entrarmos no tema fundamental, a pensar na data e no tempo atuais…

O que fica bem claro, nas Escrituras – por ex. na Palavra de hoje (Gn 3) –

é que houve uma “rebelião” dos “seres humanos” – livres! – contra Deus,

que consistiu em negar-se a cumprir a Lei do Criador (“desobediência”!)…

E se o erro – falha, queda ou pecado – foi protagonizado pelo ‘homem-mulher’,

a situação deveria ser resolvida – por questão elementar de justiça humana –

pelos próprios seres humanos. Sim, um “Homem” e uma “Mulher”: Jesus e Maria.

Isto porque, para os “outros seres humanos”, seria impossível, impensável!…

Sabemos que o protagonista principal é o Homem-Jesus, ‘Novo Adão’ (1Cor 15).

Mas Deus quis que a Missão Salvadora do Seu Filho, Jesus, fosse precedida

pela Mulher-Maria e, através d’Ela, ‘Nova Eva’, IMACULADA desde a sua Conceição!

“Por isso, o Santo que nasceu de Maria é chamado Filho de Deus” (Lc 1,35).

Era este Jesus – a tal  “descendência” de Eva – que esmagaria a cabeça do ‘Inimigo’:

“Estabelecerei inimizade entre… a tua descendência e a descendência dela”.

Embora a descendência de Eva seria naturalmente: primeiro, Maria, e logo, Jesus.

Quanto à ‘Missão’ de Maria (como tal ‘Corredentora’) é ‘sequencial’ neste Evangelho:

«Conceição IMACULADA – Anunciação do Anjo – Faça-se em mim – INCARNAÇÃO».

…E assim, com simplicidade, Ela passou, “silenciosa”, pela vida terrena de Jesus.

Só mais tarde, começariam a “chamá-la Feliz todas as gerações”

E só depois é que Maria, Nossa Senhora e Mãe, começaria a “FALAR”…

Sim, através das suas ‘Aparições’ na terra, até para confirmar (em Lurdes)

o dogma da sua «Imaculada Conceição», proclamado antes pela Igreja.[2]

Foi na altura em que Ela disse à Bernadete: «Eu sou a Imaculada Conceição».

«  Ó Maria – Mãe e «Senhora de Lurdes» – que  apareceste naquela ‘gruta’

porque, nessa altura, os teus filhos atravessavam tempos difíceis

e estava próxima uma era sombria e de confrontos bélicos…

Os pobres humanos, carentes quanto à vida do corpo e à do espírito

– e muitos lutando contra doenças e enfermidades incuráveis –

movem a compaixão o teu Coração Maternal, e Tu,

qual outro ‘samaritano’ compassivo, ‘apareces’ para curar e sarar…

«Volta para nós – pobres doentes no corpo e na alma –

esses teus olhos misericordiososneste desterro ‘pandémico’»

e transforma as nossas doenças – espirituais e materiais –

em saúde e pureza, reflexo da Tua Conceição Imaculada.

(Será esta, ó Mãe de Lurdes, a «metamorfose» que nós mais precisamos!?).

 

NOTAS COMPLEMENTARES:

1- [1] – Essa discussão, anedótica, de se «o fruto» era, ou não, uma ‘maçã’, e, por consequência, se «a Árvore do Bem e do Mal» seria uma ‘macieira’, ou qualquer outra árvore frutífera, não tem fundamento nas Escrituras. Pelo contrário, sabemos que, na Bíblia, nunca aparece a tal ‘maçã’. Parece que, nas traduções originais, ao passar, primeiro para o grego e, depois, para o latim, o termo «fruto», acabou por ser interpretado como tratando-se de uma maçã, na tradição popular

2- [2] – A Aparição da Senhora de Lurdes teve lugar no sul da França, em 1858, quatro anos após a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria, pela Igreja (1854).

3- A ordem das nossas ‘visitas’ pelos principais “Lugares” (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e Mãe, a Virgem Maria, são, até ao presente:

—  1. FÁTIMA – 2. GUADALUPE – 3. LURDES

 

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net