  “Disseram os ímpios: «Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…»”. [ Sb 2,12 (1ªL.) ].

  Irmãos: Onde há inveja e rivalidade há desordem e más ações. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica… e cheia de boas obras”. [Tg 3,16-17 (2ªL)].

 “Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro há de ser o último de todos e o servo de todos»…”.[ Mc 9,35 (3ªL) ].

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Mais outra vez, na Palavra de hoje, somos confrontados com ‘forças opostas’ do género luz ou treva! Sim. Deste teor: O “justo” (amigo de Deus) ou o “ímpio” (seu inimigo). A “sabedoria terrena” (que faz obras más) ou a “sabedoria do alto” (que faz boas ações). Ou então, “ser o primeiro” ou “ser o último”; querer “ser servido” ou preferir “ser servidor de todos”. Etc.

É evidente que se alguém se questionar – “porque é que terá de ser assim a nossa condição humana, uma situação de ‘eterna’ escolha?” – temos uma primeira resposta clara e direta: Porque somos livres e não queremos deixar de o ser, por cima de tudo!… Se não houvesse possibilidade de optar (ora entre opostos ora entre semelhantes) onde estaria a nossa ‘sagrada’ liberdade!?… Mas será que o mal é sempre uma opção?…

Porém, haverá quem queira investigar mais fundo e descobrir outras questões (objeções?) mais explícitas, que nos ajudem a esclarecer e aprofundar mais… Por ex., se não existir a treva, como é que poderíamos apreciar a luz?… E em qualquer imagem ou quadro pictórico (e não apenas quando é a preto e branco!), não existindo as zonas escuras (‘trevas’) como poderiam ser visíveis as zonas claras (‘luzes’)?… Tudo isto pede a nossa reflexão, sincera e profunda – ao procurarmos a Verdade! – perante qualquer opção na nossa vida… 

« Nós sabemos, ó Mãe, que as opções ou escolhas que Jesus nos coloca são sempre radicais e cada vez mais exigentes. Ele agora nos interroga: «Queres ser o primeiro (“ser servido”) ou queres ser o último (para servir”)?». E já que, nisto, conhecemos a opção de Jesus – e que é a opção de toda a vida – não temos outra saída senão estarmos preparados para a luta… Então, «Senhora de Covadonga» – “Maria das batalhas e das vitórias” – ajuda-nos sempre contra os piores ‘inimigos’… E faz com que, nas nossas escolhas, seja a Luz de Jesus que nos ilumine e fortaleça sempre, para a melhor opção!

NOTAS COMPLEMENTARES:   

    1-]  Nossa Senhora de Covadonga (Astúrias-Espanha). Esta Invocação de Maria Santíssima tem as suas raízes (mistura de história e de lenda tal como noutras muitas ‘Invocações’ de Santuários Marianos) nos inícios do séc. VIII, aquando da invasão muçulmana (árabes de religião maometana) da península Ibérica, que, procedentes do norte da África, se iniciou pelo sul (ano 711), com o objetivo de invadir toda a Europa (pelo oeste). Sabe-se pela história que, apenas numa década, os muçulmanos (ou ‘mouros’) invadiram praticamente toda a península, chegando até ao norte, nas Astúrias (~720). Nestas terras montanhosas (‘Picos de Europa’) encontraram maior resistência da parte dos guerreiros ástures, capitaneados por Don Pelayo. Num primeiro momento, tiveram que retroceder e esconder-se naquelas zonas abruptas e rudes de “Covadonga” (Cangas de Onis), onde se fizeram fortes… E aqui começa a tradição (histórico-lendária) acerca desta “Invocação”: Uma humilde pastora tinha recebido a aparição da Virgem Maria. Daí surgiu a Imagem original («A Mãe de Deus, sedente (sentada), com o Menino ao colo») que foi colocada naquela grande gruta ‘inacessível’, aberta numa parede rochosa (‘de Covadonga’); onde já era venerada ainda antes da chegada dos muçulmanos… Parece que Don Pelayo e as suas hostes, junto com o povo, encomendaram-se àquela Imagem de Maria, para conseguir vencer as tropas invasoras… A vitória definitiva do exército cristão (no final do ano 722) deu início a uma grande devoção a «Nossa Senhora de Covadonga».(*). Progrediram, com o tempo, as Peregrinações dos fiéis devotos à Gruta da “Santina” (nome carinhoso, no ‘dialeto asturiano’). Construiu-se, por frente, sobre um pequeno monte, uma Capela que sofreu sucessivas ampliações até chegar ao magnífico Santuário-Basílica de Covadonga, que é atualmente…

(*) – Historicamente, começou aqui a «Reconquista» da Península Ibérica, que demoraria oito séculos (até 1492).

2-]  Aveleira (Corylus avellana). Planta arbustiva de grande porte (~pequena árvore) mas com as ramificações desde a base. Da Família Betulaceæ, cresce naturalmente em: quase toda a Europa, Ásia Menor e parte de América do Norte. O fruto, sem polpa (~‘frutos secos’), é a avelã, de forma esférica a ovoide: com casca lenhosa, extremamente resistente, que contém a semente, comestível, de sabor levemente adocicado e oleaginoso (~60% de gordura!) utilizada para obtenção de óleo. Uso alimentar e industrial: consumida ao natural; ou usada em doces (ex. associada ao chocolate); ou na elaboração de produtos de grande riqueza alimentícia, como o leite de avelã, manteiga de avelã, pasta de fruta de avelã, etc.  Composição nutricional (em 100g): prótidos (17,5g), lípidos (62,5g), carboidratos (7,2g), celulose (3,7g), minerais (1,3g); além de vitaminas (B e C); e 682 kcal. Na produção mundial (vão em cabeça): Turquia, Itália, Azerbaijão, USA…  E um dado interessante!: Devido ao seu teor e equilíbrio nutricional, 15-20 avelãs equivalem a uma refeição completa (mesmo não sendo indicado fazer ‘esta substituição’!)…    

3-]  Eis os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões (os primeiros e últimos):   [Para ver na íntegra: no linkdo Blog (arquivo de TODAS as REFLEXÕES) que vai sempre no fim].

  1. DE FÁTIMA (Europa / Portugal). // 2. DE GUADALUPE (América / México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia e Austrália). //      [ … ]     // 43. DO BOM SUCESSO (Quito/Equador). // 44. DA ARÁBIA (Kuwait e Bahrein). // 45. DAS LÁGRIMAS (Campinas/Brasil). // 46. DA CONSOLAÇÃO (Lezajsk / Polónia). // 47. DE LA GUARDIA (Génova-Itália). // 48. DE COVADONGA (Astúrias-Espanha). //

// PARA outras REFLEXÕES AFINS:http://palavradeamorpalavra.sallep.net