
“Ele (Elias) comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do Senhor veio segunda vez e disse: «Levanta-te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer»…”. [1Rs 19,5-7 (1ªL.)].
“Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós”. [Ef 5,1-2 (2ªL)].
“«Eu sou o pão da vida… Eu sou o pão vivo, descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne… para a Vida…»”.[Jo 6,48-51 (3ªL)].
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E continua a nossa reflexão, em volta do “alimento”. Não aconteça que, por não entender (!) a linguagem de Jesus, acabemos por nos afastar d’Ele. Para já, o alimento que Jesus nos dá (mais do que aquele que comeu Elias) não é para nos alimentar-nos e, a seguir, “deitar-nos a dormir”, como fez este profeta logo no início. Porém, será para “fazer o longo caminho que é preciso percorrer”…
Aliás, “o Pão que Jesus nos dá é para viver… eternamente”, não para dormir placidamente, e depois… Quer dizer, “comer a Sua carne e beber o Seu sangue” significa ‘transformar-nos’ na Sua Vida, n’Ele próprio, tal como os alimentos materiais que nós comemos são transformados em nós mesmos. Só que (e isto já não acontece nos alimentos corporais) no caso do Alimento – “o próprio Jesus” – nós transformamo-nos n’Ele ao tempo que Jesus – o Alimento – é assimilado (transformado) em nós!!! Pode haver melhor ‘metamorfose’?…
Bem. Mas tudo isto exige, ou supõe, que, da nossa parte, vivamos e ajamos como Jesus, seguindo o Seu Caminho e realizando a Sua Missão. Paulo (aos Efésios) não pode ser mais claro e decisivo: “Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós”. Ou seja, “imitadores de Deus” (!): “Caminhar sempre no Amor (caridade) até à entrega total como Cristo Jesus!”… Será difícil (!?)… Mas é que a “marca olímpica” situa-se no máximo: em Deus!
« Ó Mãe, “Senhora das Dores de Lichen”, hoje, ao olharmos para Ti, temos motivos para ficarmos tristes. E não podemos olhar para outro lado ao contemplarmos, na altura, o Teu semblante triste e as Tuas queixas amargas, por tanta gente a não querer sair da sua vida de pecado… E pediste, mais uma vez, que rezemos pelos pecadores, que rezemos o Rosário, que abracemos as nossas cruzes… para, através das provações, evitar tanta guerra e tantas desgraças humanas… E que, apesar de tudo – pela Misericórdia Infinita do Pai Celeste que Tu nos lembras – a nossa fé se purifique, a esperança não cesse e o amor permaneça sempre!
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora das Dores de Lichen (Polónia) – De facto trata-se de duas ‘Aparições’. E a história remonta-se até às guerras napoleónicas…: um soldado polaco (Tomasz Klossowski)ficou ferido grave na batalha de Leipzig (1813), e pediu a proteção da Virgem Maria. Teve uma visão em que a Virgem lhe anunciou o regresso à sua pátria mas que lá deveria procurar uma Imagem ‘parecida com Ela’… A imagem foi encontrada, mas afinal ficou ‘sozinha na floresta’… Até que, no ano de 1850, um pastor de ovelhas, Mikolaj Sikatka, passou diante da imagem e teve uma visão de Nossa Senhora, de semblante triste, que se queixou amargamente pelos numerosos pecados da gente daquela região… e pediu para as pessoas rezarem o Rosário… Anunciou que seria construído um Mosteiro e um Santuário a Ela dedicados, em Lichen… O Santuário atual (2004) é o maior da Polónia (e a sétima igreja maior da Europa). Santuário que, dedicado especialmente ao Sacramento da Penitência (‘Senhora das Dores’) é visitado anualmente por um milhão de peregrinos, que rezam o Rosário e tentam vivenciar a mensagem (‘profecias’) da Senhora de Lichen, transmitidas ao pastor (no dia 15-08-1850): «…Hão de vir grandes epidemias (cólera) e guerras graves, por causa dos pecados dos homens, e, como consequência, muitas mortes, sofrimentos e desgraças… Satanás semeará a discórdia entre os irmãos… Mas a Misericórdia do Pai Celeste é inesgotável… As vossas mães darão ao país muitos e heroicos filhos, que serão “novos missionários”… E para surpresa de todas as nações, da Polônia surgirá a esperança para a humanidade atormentada… No fogo de longas provações a fé será purificada… a esperança não desaparecerá… o amor não cessará…».
2-] Pessegueiro (Prunus persica). Planta da família Rosaceæ, é uma árvore caducifólia (decídua), originária da China e do sul da Ásia, de folhas alternas e serradas, flores roxas claras e frutos (pêssegos) em drupas pubescentes (pilosas); frutos estes que são comestíveis e com propriedades aperitivas e digestivas, utilizados sobretudo em sobremesas e doçaria (ex. ‘pêssegos em calda’). O nome (pêssego) deriva da espécie (persica) por ter sido muito cultivado desde a Antiguidade no Irã (antiga Pérsia), de onde foi transplantada pelos romanos para a Europa. Estudos genéticos e a descoberta de oito endocarpos de pêssego fossilizados (preservados) no sudoeste da China, demonstram a sua ‘origem’ e uma ‘antiguidade’ de mais de dois milhões e meio de anos (!). Com inúmeras variedades hortícolas, os pessegueiros exigem temperaturas bastante frias; embora certas variedades são mais delicadas e requerem climas temperados; além disso, precisam de calor intenso de verão para maturar as colheitas… Na produção mundial, os países que vão à cabeça são: China, Itália, Grécia, Espanha, Turquia…
3-] Os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, são, por esta ordem: [O ‘link’do Blog – arquivo de todas asREFLEXÕES – vai sempre no fim].
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9 Agosto, 2024
«COMO O SENHOR É BOM!… SABOREAI E VEDE!»
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 42.B3 – Domingo 19 – T. Comum / “A Palavra” (“Salmos R.”) refletida, ao ritmo Litúrgico —
«COMO O SENHOR É BOM!… SABOREAI E VEDE!»
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== [Do ‘Salmo Responsorial’]: “«Saboreai e vede como o Senhor é bom»… A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca… Procurei o Senhor e Ele atendeu-me e
libertou-me… Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias… Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que n’Ele se refugia”. (Sl 33,2.5.7.9) ==
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– No caso de hoje, o ‘versículo’ que se utiliza como “refrão” resulta ser como uma espécie de conclusão ou consequência do conteúdo e tema geral de todo o salmo. E embora nós colocamo-lo no início, como é hábito, podíamos pensar que estaria melhor, se colocado justamente, no final da composição sálmica.
– O salmista está convencido de que, as bondades e fidelidades do Senhor não têm fim, na sua opinião… Todo o seu empenho consiste em ir mostrando e proclamando todas as situações em que se manifesta claramente que ‘os fiéis e pobres’ de Deus são favorecidos (“Este pobre clamou e o Senhor o ouviu…”).
– No começo, promete, uma e outra vez, que não vai parar de louvar o Senhor: “A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca”… A seguir, inicia a exposição dos motivos e porquês: “Sempre que procurei o Senhor, Ele atendeu-me e livrou-me de todos os meus temores e angústias”…
– E estas experiências não dizem respeito apenas e só a ele próprio, mas a todos os que – no passado, no presente e no futuro – quiserem experimentá-lo: “Todo o pobre que clama, é ouvido pelo Senhor, que o salva de todas as suas opressões”. “Os olhos e os ouvidos do Senhor estão atentos aos justos”…
– Então, agora sim, o orante do salmo ousa desafiar a quem não quer acreditar, para que o experimente por si mesmo: “Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que n’Ele confia!”.(E este é, precisamente, «o refrão» do Salmo).
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
– ‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?). [Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
1-Oceania… 2-Ásia… 3-Europa… 4-América… 5-África…] –
Nossa Senhora da ÁFRICA:
Nossa Senhora da Guiné-Bissau (‘Senhora da Natividade’ – em Cacheu).
Nossa Senhora da Mauritânia (‘Senhora da Graça’ – em Bafatá).
Nós queremos hoje, Mãe, imitar o exemplo do ‘salmista orante’, que agradece e louva!
Ele é dessas pessoas que já experimentaram a bondade e misericórdia Divinas na sua vida
e sente-se na obrigação de anunciar aos outros os benefícios recebidos do Pai Deus…
Então, Mãe, ‘Senhora da Natividade’ e ‘Senhora da Graça’, contamos com a tua ajuda,
para aprendermos a interceder pelos nossos irmãos mais pobres destes dois países…;
e, ao mesmo tempo, sabermos animar a todos: «Saboreai e vede como o Senhor é bom!».
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