
«‘PRAZER’ ? ou ‘FELICIDADE’ ? … CONFUNDEM-SE (!)»
Dizer a alguém “Parabéns!” é e será para desejar algo de bom (está na origem do termo = ‘seja para bem’). Mas na verdade, aquilo que se esconde e se significa nessa expressão, é bem mais profundo e vai mais longe. Embora não o exprimimos nessa altura, todos queremos e desejamos que essa pessoa, ou pessoas, sintam ou tenham aquilo de melhor que se pode desejar… E parece que esse ‘melhor’ (no ‘consenso’ geral) só pode ser expresso com aquela outra palavra ‘mágica’ (a mais repetida em todas as línguas): Felicidade!
Sim, “Felicidade” que, apesar de ser repetida tanto, de ser desejada imenso, de sonhar com ela tantíssimas vezes… parece que ninguém é capaz de a definir. Ou então, melhor dizendo, ninguém sabe o que é exatamente…
Vamos, então, perguntar-nos e refletirmos acerca de como deve ser interpretada, realmente, esta Felicidade, tão desejada e procurada naturalmente… embora não sejamos capazes de a definir essencialmente (!?)
Antes de mais, ela confunde-se com outras ‘apetências’ humanas, como ‘o prazer’ (gosto, satisfação, bem-estar, simples alegria…), coisas todas “passageiras”, que ‘têm data de caducidade’(!)… Ou seja, gente que continua a confundir ‘prazer’ com ‘felicidade’!
Quantos humanos se envolvem em prazeres, a pensar que assim são felices!… Estão enganados, sem dar por isso; embora eles próprios verifiquem que o prazer nunca sacia… Enquanto a felicidade, em si mesma, enche por inteiro!
Então, se pensarmos bem, devemos concluir que a felicidade não poderá ser nenhuma daquelas coisas (?), visto que elas são ‘inconciliáveis’ com dor, sofrimento, cruz…
Porém, a “Felicidade” – ela sim! – é compatível com qualquer uma delas, e com todas… Uma pessoa que ama de verdade, sabe por experiência, que está a sentir-se feliz – profundamente feliz – enquanto está a sofrer (dor, pesar, cruz…) por uma causa justa ou por uma pessoa amada… Isto não é possível para quem confunde o ‘prazer’ com a “felicidade”!… Lembremos o exemplo de Cristo Jesus, quem – através da Paixão e Morte de Cruz – pela sua Ressurreição, conseguiu a verdadeira FELICIDADE, para Ele e para todos os seus Irmãos: a Humanidade inteira!… [ Ver, por ex.: “Tenho desejado ardentemente comer esta Páscoa convosco, antes de padecer…” (Lc 22,15…) ]. Aí verifica-se que Jesus está a sentir-Se profundamente feliz (“deseja ardentemente padecer…”) precisamente quando está a iniciar os seus padecimentos ‘mais atrozes’ para salvar aquilo que mais ama: os seus irmãos – toda a Humanidade… Ou seja, a Felicidade, quando é autêntica, não tem fim. Nada nem ninguém pode acabar com ela!!!…
É bom, aliás, como conclusão, ‘trazermos aqui’ e lembrar o que já sabemos através de outras “reflexões” semelhantes… Onde se constata que “a verdadeira felicidade é contagiosa”… Por exemplo, nestes últimos anos [nos “Parabéns” dos Aniversários] temos repetido de várias formas: “A única maneira de sentirmo-nos felizes é fazendo felizes os outros”… Ou também, por outras palavras: “Só dando vida aos outros (não se fala aqui da vida ‘biológica’), só então tornamo-los mais felizes (pelas nossas ajudas, serviços, etc.). E é assim que nós sentimos a autêntica Felicidade”. (17-05-2025)
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15 Junho, 2025
«É ‘UNIDADE’?, É ‘COMUNIDADE’?,… – É TRINDADE!!!» [I]
Luis López A Palavra REFLETIDA
«É ‘UNIDADE’?, É ‘COMUNIDADE’?,… – É TRINDADE!!!» [I]
“Anda na minha presença…”, é o que Deus disse a Abrão e a nós (em Gn 17,1) (*). Mas também lemos (no Salmo 16(15),8) o que diz o próprio salmista: “Deus está sempre na minha presença…”, e neste caso somos nós a referir-nos a Deus. Ou seja: “Nós na presença de Deus” e “Deus na nossa presença” (!). Coisa interessante, admirável, maravilhosa!…
Então, se na verdade nos sentimos assim envolvidos e penetrados por Deus (nessa “essencial presença”) podemos interrogar-nos acerca de qual é – o qual deveria ser! – a nossa atitude a respeito de Deus… Bem entendido que este Deus não deixa de ser, em Si mesmo, Família-Comunidade, pelo facto de ser «Deus Uno e Trino»…
Nessora, será que algum ser humano poderá cair na tentação (‘asneira’) de substituir e ‘trocar’ este Deus – admirável, único, supremo… Amor! – por qualquer outro ‘deus-ídolo’, na sua vida?…
Pois foi mesmo! Sim, tantas vezes, ao longo da sua história, o homem – o ser humano – ‘criou e continua a criar’ deuses (‘ídolos’) à sua imagem; e, claro, com todos os defeitos humanos!…
Mas a Divindade não pode ser à imagem do homem… É exatamente ao invés: O homem é que «foi criado (e deveria ser transformado se não o estiver!) à imagem e semelhança de Deus» (com as qualidades e virtudes d’Ele!)…
Assim sendo, no caminho da nossa vida, não se trata de “conquistar” seja lá o que for; e, ainda menos, de “construir” ou “criar” (!?).
Trata-se, apenas e só, de DESCOBRIR e SABOREAR o que já foi ‘criado’, ‘construído’, ‘conquistado’; e que já existe em nós e para nós: ou seja, DEUS!
Embora – isso sim – sem esquecer «a cruz» que, como já sabemos muito bem na teoria e na prática, nos visita de quando em vez (para não dizer que ‘nos acompanha’) no caminho da nossa tarefa vital…
Em definitivo, tratar-se-á – apenas e só ! – de “Descobrir e Saborear” DEUS!
Eis, então, a nossa única tarefa fundamental nesta vida terrena… E, por consequência, a nossa Feliz Ocupação na Vida Eterna!…
E quando ‘chegar’ esta vida-VIDA, quando se “abrir” a ETERNIDADE… então acabará o meu ‘eu’, e o ‘tu’, e o ‘ele’… E já só EXISTE o NÓS. Esse grande e único NÓS – D E U S – que é integrado por todos os “eus” – possíveis e impossíveis, passados e futuros – todos (já que, ao mesmo tempo, respeita-se a “pessoa”, única e irrepetível, de cada qual!) num eterno e ‘mutável’ PRESENTE, não estático mas dinâmico, em contínuo “movimento” (!?)…
Parece que o ser humano pode ser considerado como integrado por duas ‘dimensões’: a dimensão como pessoa (que é a essencial) e a dimensão como indivíduo (que é a acidental). Esta desaparecerá no instante em que «se inicia a eternidade», porque é incompatível com a tal “inserção” no Deus Trindade. Porém, a dimensão “pessoal” – como “pessoa” – ficará ‘imersa’ na Divina Trindade à semelhança das três “Pessoas” divinas (sempre usando a ‘linguagem humana’) …
E esta poderia ser a nossa tentativa de idealizar, conceber e ‘entender’(?) o incompreensível Mistério do DEUS-TRINDADE! (15-06-2025)
(*)– Aliás, esta ‘passagem’ bíblica serve para chamarmos a atenção acerca da “mudança de nome em muitas pessoas”, que sucede na Bíblia (já desde o AT). Aqui, é a personagem bíblica [considerada “o Pai de todos os fiéis monoteístas”(=crentes num só Deus)]. Repare-se que este “amigo” de Deus aparece primeiro com o seu nome original, ‘Abrão’(!), que tinha anteriormente (em Gn 17,1). Mas (cinco versículos após) a partir de (Gn 17,5) verifica-se que é o próprio Deus quem lhe muda o nome, de ‘Abrão’ para “Abraão”(!) (de ‘Abraham’), com o ‘significado’ que lá se explica.
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