(Ciclo A – Domingo 6 de Páscoa)
HÁ DE VIR UM «PARÁCLITO»! …
Ainda bem que existem pessoas que “cumprem sempre o que prometem”. Há pessoas – e são mais do que possa parecer – em cujas “promessas” se pode confiar! Mas, claro, ninguém devia prometer aquilo que não seja capaz de cumprir, ou não tenha a vontade firme de o realizar. Por isso, não devemos ser pessimistas, apesar de que, um certo ambiente geral do nosso mundo e sociedade – e não apenas o político – “brilha pelo incumprimento das promessas feitas” ou dos compromissos proclamados…
Ainda bem – reiteramos nós – que existe Alguém, para o nosso consolo e felicidade, que nunca falha porque é capaz de realizar sempre o que promete. Isto, não só por ser omnipotente (para Ele nada é impossível!) mas sobretudo porque «a sua Palavra é de Amor». Tanto assim, que assinou e rubricou o seu compromisso, de uma vez por todas (“de uma vez para sempre”) com a sua morte de cruz. Ou seja, é Homem de Palavra e Deus de Palavra (“Palavra de Amor, Palavra!”). Sim, nesta Pessoa podemos acreditar e nela confiar, mesmo quando, ainda em carne mortal, promete o que promete e anuncia o que anuncia:
“Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós”…(Jo 14 / 3ªL.). Mas quem é esse “Paráclito”, que Jesus promete enviar com “profusão” após a Sua morte e Glorificação? Palavra estranha para nós (“paráclito”) mas cujo significado é – nada menos! – “advogado”, Defensor, Protetor, Consolador… E nós sabemos muito bem (porque é o próprio Jesus quem o diz neste texto da promessa) que “Ele é o Espírito da Verdade”, isto é, a Terceira Pessoa da Trindade Divina. Também sabemos que Ele, o Espírito Santo, é Quem completa, aperfeiçoa e Santifica a Obra da Redenção, realizada por Cristo Jesus, o Filho Amado Enviado pelo Pai.
Quando chegou o tempo conveniente, a “promessa” cumpriu-se, o compromisso realizou-se. Os Atos dos Apóstolos relatam-no, logo no início da primeira evangelização na Palestina: “Quando (Pedro e João) chegaram à Samaria, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles: só estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo” (At 8 / 1ª L.). Mas que coisa interessante! Perante esta realidade de uma fecunda evangelização na Samaria, não podemos deixar de pensar naquela mulher samaritana… aquela “primeira-apóstolo” na sua terra – lembram-se? – aquando do seu encontro com Jesus (Jo 4). Ela foi, seguindo a filosofia popular, quem «semeou aqueles ventos… que agora provocam estas tempestades». Porque é isso mesmo (“tempestades”) que provoca o Espírito Santo, lá onde Lhe deixam agir (e mesmo quando não Lho permitem!). Que foi, se não, aquela tempestade ou tormenta impetuosa, do dia do Pentecostes (“Subitamente, fez-se ouvir… um rumor semelhante a forte rajada de vento…”)?
Essa mesma força impetuosa – que irrompe subitamente e quando menos se espera! – essa força e energia de Amor infinito, “capaz de fazer ecoar o seu trovão… levantar labaredas de fogo… derrubar os cedros do Líbano… ou retorcer e descascar os carvalhos” (Sl 28/29), essa Energia amorosa… não podia deixar de ser protagonista naquele facto histórico que surpreendeu e transformou a Humanidade: a Ressurreição de Jesus, o Salvador do Mundo. Para todos os cristãos – e não só – deveria ser ponto assente que «foi Deus Pai quem ressuscitou o Filho Jesus pela Força do Espírito Santo». E é também hoje, na primeira Carta de Pedro, que nos é recordado: “Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito” (1 Pe 3 / 2ª L.). Foi, então, o Espírito Santo quem Lhe fez voltar à vida. Assim, compreende-se porque é que Jesus prometeu e enviou o Seu Espírito Santo, para a nossa “ressurreição”, perfeição e santificação… Portanto, a Promessa foi cumprida!
A terra inteira aclame a Deus, e diga:
«Maravilhosas são as Tuas obras!».
Toda a terra celebre e adore, ó Senhor,
e, neste dia, entoe hinos ao Teu nome…
Porque todas as Tuas obras são admiráveis,
realizadas pelo Espírito Santo criador
– Advogado, Defensor, Santificador –
Força de Amor essencial e interpessoal,
Vida prometida e enviada pelo Teu Filho…
Porque tudo o que fizeste, ó Deus,
pelo poder desse mesmo Espírito
em favor dos homens, é admirável…
Tu és capaz de mudar o mar em terra firme,
e transformar em chamas de fogo
os espíritos mais frios e indiferentes
e os corações mais duros e resistentes…
Os que sois amigos de Deus, vinde comigo,
reconhecei tudo o que Ele faz por nós,
e ajudai-me a retribuir com gratidão!
Bendito sejas, Senhor, no Teu Espírito,
porque nunca rejeitas as nossas preces,
e sempre nos envolves e rodeias
com a Tua infinita misericórdia!
[ do Salmo Responsorial / 65 (66) ]
19 Maio, 2017
HÁ DE VIR UM «PARÁCLITO»!
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
(Ciclo A – Domingo 6 de Páscoa)
HÁ DE VIR UM «PARÁCLITO»! …
Ainda bem que existem pessoas que “cumprem sempre o que prometem”. Há pessoas – e são mais do que possa parecer – em cujas “promessas” se pode confiar! Mas, claro, ninguém devia prometer aquilo que não seja capaz de cumprir, ou não tenha a vontade firme de o realizar. Por isso, não devemos ser pessimistas, apesar de que, um certo ambiente geral do nosso mundo e sociedade – e não apenas o político – “brilha pelo incumprimento das promessas feitas” ou dos compromissos proclamados…
Ainda bem – reiteramos nós – que existe Alguém, para o nosso consolo e felicidade, que nunca falha porque é capaz de realizar sempre o que promete. Isto, não só por ser omnipotente (para Ele nada é impossível!) mas sobretudo porque «a sua Palavra é de Amor». Tanto assim, que assinou e rubricou o seu compromisso, de uma vez por todas (“de uma vez para sempre”) com a sua morte de cruz. Ou seja, é Homem de Palavra e Deus de Palavra (“Palavra de Amor, Palavra!”). Sim, nesta Pessoa podemos acreditar e nela confiar, mesmo quando, ainda em carne mortal, promete o que promete e anuncia o que anuncia:
“Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós”…(Jo 14 / 3ªL.). Mas quem é esse “Paráclito”, que Jesus promete enviar com “profusão” após a Sua morte e Glorificação? Palavra estranha para nós (“paráclito”) mas cujo significado é – nada menos! – “advogado”, Defensor, Protetor, Consolador… E nós sabemos muito bem (porque é o próprio Jesus quem o diz neste texto da promessa) que “Ele é o Espírito da Verdade”, isto é, a Terceira Pessoa da Trindade Divina. Também sabemos que Ele, o Espírito Santo, é Quem completa, aperfeiçoa e Santifica a Obra da Redenção, realizada por Cristo Jesus, o Filho Amado Enviado pelo Pai.
Quando chegou o tempo conveniente, a “promessa” cumpriu-se, o compromisso realizou-se. Os Atos dos Apóstolos relatam-no, logo no início da primeira evangelização na Palestina: “Quando (Pedro e João) chegaram à Samaria, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles: só estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo” (At 8 / 1ª L.). Mas que coisa interessante! Perante esta realidade de uma fecunda evangelização na Samaria, não podemos deixar de pensar naquela mulher samaritana… aquela “primeira-apóstolo” na sua terra – lembram-se? – aquando do seu encontro com Jesus (Jo 4). Ela foi, seguindo a filosofia popular, quem «semeou aqueles ventos… que agora provocam estas tempestades». Porque é isso mesmo (“tempestades”) que provoca o Espírito Santo, lá onde Lhe deixam agir (e mesmo quando não Lho permitem!). Que foi, se não, aquela tempestade ou tormenta impetuosa, do dia do Pentecostes (“Subitamente, fez-se ouvir… um rumor semelhante a forte rajada de vento…”)?
Essa mesma força impetuosa – que irrompe subitamente e quando menos se espera! – essa força e energia de Amor infinito, “capaz de fazer ecoar o seu trovão… levantar labaredas de fogo… derrubar os cedros do Líbano… ou retorcer e descascar os carvalhos” (Sl 28/29), essa Energia amorosa… não podia deixar de ser protagonista naquele facto histórico que surpreendeu e transformou a Humanidade: a Ressurreição de Jesus, o Salvador do Mundo. Para todos os cristãos – e não só – deveria ser ponto assente que «foi Deus Pai quem ressuscitou o Filho Jesus pela Força do Espírito Santo». E é também hoje, na primeira Carta de Pedro, que nos é recordado: “Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito” (1 Pe 3 / 2ª L.). Foi, então, o Espírito Santo quem Lhe fez voltar à vida. Assim, compreende-se porque é que Jesus prometeu e enviou o Seu Espírito Santo, para a nossa “ressurreição”, perfeição e santificação… Portanto, a Promessa foi cumprida!
A terra inteira aclame a Deus, e diga:
«Maravilhosas são as Tuas obras!».
Toda a terra celebre e adore, ó Senhor,
e, neste dia, entoe hinos ao Teu nome…
Porque todas as Tuas obras são admiráveis,
realizadas pelo Espírito Santo criador
– Advogado, Defensor, Santificador –
Força de Amor essencial e interpessoal,
Vida prometida e enviada pelo Teu Filho…
Porque tudo o que fizeste, ó Deus,
pelo poder desse mesmo Espírito
em favor dos homens, é admirável…
Tu és capaz de mudar o mar em terra firme,
e transformar em chamas de fogo
os espíritos mais frios e indiferentes
e os corações mais duros e resistentes…
Os que sois amigos de Deus, vinde comigo,
reconhecei tudo o que Ele faz por nós,
e ajudai-me a retribuir com gratidão!
Bendito sejas, Senhor, no Teu Espírito,
porque nunca rejeitas as nossas preces,
e sempre nos envolves e rodeias
com a Tua infinita misericórdia!
[ do Salmo Responsorial / 65 (66) ]