– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo da ASCENSÃO – 7 da Páscoa)
“Eles perguntaram: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Jesus respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria, e até aos confins da terra»”. (At 1,6-8 / 1ª L.).
Situamos a cena. Estamos naquele espaço de tempo decorrido entre a Ressurreição de Jesus e a sua “elevação, Ascensão, ao Céu” (~40 dias). Uma vez desfeitas as dúvidas dos discípulos acerca da Ressurreição do seu Mestre – e convictos (!) de que aquela terrível paixão e morte estava já vencida e “superada” definitivamente – agora, indo ao prático, eles querem saber, de uma vez por todas, “quando se vai restaurar o reino de Israel?”… Será que Jesus vai nessa onda?
A – Dir-se-ia que nós, os humanos, queremos, por um lado, saber tudo já; e por outro, que as coisas se realizem de imediato!… Não parece ser esta a «pedagogia» do Pai Deus connosco!
B – Nem tão-pouco a pedagogia do Filho Jesus, que, em tudo, é parecido com o Pai; tanto que, a certa altura, Jesus chegou a afirmar: “quem Me vê, vê o Pai” (Jo 14,9); tão parecidos Eles são!…
A – Mas então, qual é essa pedagogia divina – do Pai e do Filho – que não se corresponde com as nossas urgências ou apertos instintivos? Ou será que não existem coisas mesmo urgentes!?
B – Bom, estava proclamado por Deus, já desde antigamente, referindo-Se aos humanos: “Nem os Meus caminhos são os vossos caminhos nem os vossos planos são os Meus” (Is 55,8).
A – É verdade. Se observarmos com atenção, verificamos que o estilo e procedimento de Deus, em todo o referente aos “mistérios”: da Criação em geral, e da Vida em particular, é a lentidão e calma!
B – Por exemplo, no que diz respeito, não ao “reino de Israel” em que “eles pensavam”, mas ao «Reino de Deus», tema primeiro e fundamental na Missão de Jesus através da Evangelização, aparece sempre a Sua preocupação para não quererem ‘queimar etapas’ nesse crescimento lento!
A – Basta lembrar algumas das “parábolas do Reino”: “como o grão de mostarda que cresce até se transformar numa árvore”(Mt 13,31); “como a levedura na massa, até que tudo fermenta”(Mt 13,33); “como a semente que germina e cresce, dia e noite, sem ele saber como”(Mc 13,27)… Etc.
B – Tudo acontece lentamente… e com muita paciência!… Na parábola de “o trigo e o joio”, temos um alerta contra a impaciência dos ceifeiros: “Não cortar o joio antes do tempo” (Mt 13,24)…
A – Agora entendo o Texto. E a Palavra de Jesus tem todo o sentido: Corresponde aos discípulos “receber a força do Espírito Santo, para serem Suas testemunhas desde Jerusalém, em toda a Judeia, na Samaria e até aos confins da terra”. Eis o seu dever! O resto fica nas mãos de Deus!
A/B: Deus e Pai nosso, Deus da Misericórdia e Pai de infinita Paciência!
Olha para as nossas desesperanças e pessimismos perante os males deste mundo…
E para que – no meio desta sociedade apressada e alucinante – a nossa impaciência
não dê cabo da vida assumida como compromisso solidário, precisamos, Pai, de aprender
da tua Paciência e Ternura generosa, para sabermos “esperar” e perdoar sempre!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:
http://palavradeamorpalavra.sallep.net
26 Maio, 2017
«Não vos compete saber os tempos…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo da ASCENSÃO – 7 da Páscoa)
“Eles perguntaram: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Jesus respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria, e até aos confins da terra»”. (At 1,6-8 / 1ª L.).
Situamos a cena. Estamos naquele espaço de tempo decorrido entre a Ressurreição de Jesus e a sua “elevação, Ascensão, ao Céu” (~40 dias). Uma vez desfeitas as dúvidas dos discípulos acerca da Ressurreição do seu Mestre – e convictos (!) de que aquela terrível paixão e morte estava já vencida e “superada” definitivamente – agora, indo ao prático, eles querem saber, de uma vez por todas, “quando se vai restaurar o reino de Israel?”… Será que Jesus vai nessa onda?
A – Dir-se-ia que nós, os humanos, queremos, por um lado, saber tudo já; e por outro, que as coisas se realizem de imediato!… Não parece ser esta a «pedagogia» do Pai Deus connosco!
B – Nem tão-pouco a pedagogia do Filho Jesus, que, em tudo, é parecido com o Pai; tanto que, a certa altura, Jesus chegou a afirmar: “quem Me vê, vê o Pai” (Jo 14,9); tão parecidos Eles são!…
A – Mas então, qual é essa pedagogia divina – do Pai e do Filho – que não se corresponde com as nossas urgências ou apertos instintivos? Ou será que não existem coisas mesmo urgentes!?
B – Bom, estava proclamado por Deus, já desde antigamente, referindo-Se aos humanos: “Nem os Meus caminhos são os vossos caminhos nem os vossos planos são os Meus” (Is 55,8).
A – É verdade. Se observarmos com atenção, verificamos que o estilo e procedimento de Deus, em todo o referente aos “mistérios”: da Criação em geral, e da Vida em particular, é a lentidão e calma!
B – Por exemplo, no que diz respeito, não ao “reino de Israel” em que “eles pensavam”, mas ao «Reino de Deus», tema primeiro e fundamental na Missão de Jesus através da Evangelização, aparece sempre a Sua preocupação para não quererem ‘queimar etapas’ nesse crescimento lento!
A – Basta lembrar algumas das “parábolas do Reino”: “como o grão de mostarda que cresce até se transformar numa árvore”(Mt 13,31); “como a levedura na massa, até que tudo fermenta”(Mt 13,33); “como a semente que germina e cresce, dia e noite, sem ele saber como”(Mc 13,27)… Etc.
B – Tudo acontece lentamente… e com muita paciência!… Na parábola de “o trigo e o joio”, temos um alerta contra a impaciência dos ceifeiros: “Não cortar o joio antes do tempo” (Mt 13,24)…
A – Agora entendo o Texto. E a Palavra de Jesus tem todo o sentido: Corresponde aos discípulos “receber a força do Espírito Santo, para serem Suas testemunhas desde Jerusalém, em toda a Judeia, na Samaria e até aos confins da terra”. Eis o seu dever! O resto fica nas mãos de Deus!
A/B: Deus e Pai nosso, Deus da Misericórdia e Pai de infinita Paciência!
Olha para as nossas desesperanças e pessimismos perante os males deste mundo…
E para que – no meio desta sociedade apressada e alucinante – a nossa impaciência
não dê cabo da vida assumida como compromisso solidário, precisamos, Pai, de aprender
da tua Paciência e Ternura generosa, para sabermos “esperar” e perdoar sempre!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:
http://palavradeamorpalavra.sallep.net