44aa- «E vós, quem dizeis que Eu sou...

 – A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

 (Ciclo A – Domingo 21 do T. Comum)

 

“Jesus perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo»”… (Mt 15,13-16 / 3ª L.).

 

Esta cena ocorre “para os lados de Cesareia de Filipe, na zona conhecida como «a Galileia dos gentios». Talvez para que este diálogo e conversa não fosse escutado por outros judeus, além dos seus “discípulos”? É que, por enquanto, a Verdade do Seu Messianismo não devia ser conhecida por ninguém! (“Ordenou-lhes que não o dissessem a ninguém”). Claro que esta atitude de Jesus era incompreensível para aqueles discípulos… E nós, hoje, seremos capazes de compreender?

 

A – Perante a pergunta de Jesus – “quem dizem os homens que é o Filho do homem?” – é fácil imaginar que Ele já devia estar à espera das respostas que os discípulos teriam ouvido à gente…

B – Mas Jesus pretendia torná-los conscientes, e ao mesmo tempo alertá-los, acerca do risco de se deixarem influenciar “pelo que a gente diz”, principalmente em coisas fundamentais…

A – Nesta “voz comum” existe o perigo de “desvios” da verdade, como acontecia neste caso, já que «essas respostas» – embora sendo “úteis” para aquela gente – não eram a Verdade de Jesus!

B – Pois o que a Jesus mais importava era o que “eles” – cada um deles! – pensavam a Seu respeito. Mas esta resposta tinha que sair do mais íntimo do seu ser, como inspiração interior.

A – Aí está a pergunta direta de Jesus: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Que é como dizer a cada um de nós – olhos nos olhos – «Quem é que Eu sou para ti?»… Só isso é que interessa a Jesus!

B – O que não queria Jesus, de maneira nenhuma, é que tivessem – como os judeus em geral – uma ideia “deturpada” da sua missão como “Messias”. Ele sabia muito bem onde estava o erro!

A – Ou seja que, se a gente em geral era inclinada a ver o Messias como um “libertador violento”, para vencer pelas armas aos inimigos do “povo”, fazia bem em tentar cortar essa ideia errada!

B – E voltando à questão fundamental, como sabemos nós se a resposta que estamos a dar a Jesus é a verdadeira, a que Ele espera de nós? Não podemos, também nós, estarmos enganados?…

A – A chave está na resposta que Jesus dá a Simão Pedro (porque achou a verdade): “Feliz de ti, Simão,… pois foi o meu Pai do Céu quem to revelou, e não a carne nem o sangue”…

B – Quer dizer, se a nossa resposta for sincera e verdadeira, há de nascer do nosso íntimo, onde está a “Voz do Pai”, que Se revela através da “Inspiração do Espírito”, em Jesus e por Jesus!

 

A/B: Tu queres, Jesus, que entendamos e vivamos a verdadeira Amizade,

primeiro, e antes de mais, conTigo e depois entre nós todos, Teus irmãos…

Só desde a sinceridade mais íntima, é que cada um de nós pode dizer como Pedro:

“Senhor, Tu sabes bem como eu Te amo”… pois és, para mim, o melhor Amigo.

Sentimos, Jesus, que é “o Pai do Céu quem nos revela” a Verdade sobre quem Tu és;

mas precisamos a luz e o vigor do Teu Espírito, que fortaleça a nossa união conTigo:

que sejas, dentro de cada um de nós e pela nossa vida, “o Cristo, o Filho de Deus vivo”!  

             

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net