– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – CRISTO REI – 34 do T. Comum)
“…Diz o Senhor Deus: Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar… Hei de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida… Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos»”. (Ez 34,15-17 / 1ª L.)
Todo o capítulo 34 do livro do profeta Ezequiel, está dedicado a descrever e diferenciar o “bom pastor” e os “maus pastores”, lançando vários «oráculos contra» estes maus e falsos pastores. Os quais, não só abandonam as ovelhas – o povo de Deus – como também vivem à custa delas, explorando-as e devorando-as, “apascentando-se a si mesmos em vez de apascentar o rebanho”. E até chega a dizer, pela boca do profeta, que “Ele, o Senhor Deus, arrancará as ovelhas como presa dos seus dentes”… Ainda bem que, afinal, terá de ser o próprio Deus – que é o «bom Pastor» – quem vai tomar conta das Suas ovelhas!
A – É verdade que, no texto, os primeiros a serem julgados, ‘sem piedade’, são os “falsos pastores” – e desta questão haveria muito para falar (!) – mas também serão julgadas as ovelhas do rebanho.
B – E é precisamente acerca deste aspeto, na parte final, que vamos refletir. O que é que significa, então, isso de “ser feita justiça entre ovelhas e ovelhas”? Não era suposto serem “todas” boas?…
A – O facto de terem o mesmo Deus, bom pastor, a apascentá-las, não quer dizer que elas deixem de ser livres para dizer ‘não’ ao “divino pastor” ou se afastar do rebanho. Sabemos muito bem que Deus vai respeitar sempre a liberdade, enquanto durar o “tempo das pastagens” para o rebanho…
B – E se há liberdade – exercida conscientemente! – haverá igualmente “responsabilidade”, tendo em atenção que este termo (tal como “responsável”) é derivado de “responder” perante “alguém”…
A – Por isso, quando o «Rei Bom Pastor» – Cristo Jesus, que até “deu a vida pelas Suas ovelhas” – vier na sua Glória, todas as ovelhas (“carneiros” incluídos) hão de se confrontar com a Verdade!
B – É aí que “ovelhas do mesmo redil” poderão escutar sentenças opostas. “Umas”, “vinde… porque Me acolhestes e ajudastes” nos Meus irmãos mais “pequenos” e pobres… “Outras”, “ide… porque… não vos conheço” apesar de terdes sido “ovelhas do meu rebanho”(!?). (Mt 25)
A – Ou seja, ninguém poderá ficar ‘satisfeito’ só pelo facto de ser integrante do grupo dos seguidores do Bom Pastor. Lembremos aqueles que, à hora da Verdade, disseram a Jesus, “nós fomos dos teus discípulos”, mas escutaram como resposta, “não sei donde sois”(!).(Mt 7,22-23).
A/B: Livra-nos, Senhor Jesus, Bom Pastor que “deste a vida pelas ovelhas”,
daquela sentença desgraçada e terrível, que algum dia poderíamos vir a escutar
se não soubermos ser fiéis, e que nos afastaria definitivamente do Teu Rebanho…
Estaremos – prometemos! – sempre abertos, Jesus, à influência do Teu Espírito,
que vai fazer de nós, não apenas “ovelhas fiéis que seguem o seu Pastor”,
mas também – imitando-Te a Ti – sermos “pastores de outras ovelhas”,
a começar por aqueles irmãos mais necessitados, pequenos e pobres…
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
24 Novembro, 2017
«Fazer justiça entre ovelhas e ovelhas…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – CRISTO REI – 34 do T. Comum)
“…Diz o Senhor Deus: Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar… Hei de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida… Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos»”. (Ez 34,15-17 / 1ª L.)
Todo o capítulo 34 do livro do profeta Ezequiel, está dedicado a descrever e diferenciar o “bom pastor” e os “maus pastores”, lançando vários «oráculos contra» estes maus e falsos pastores. Os quais, não só abandonam as ovelhas – o povo de Deus – como também vivem à custa delas, explorando-as e devorando-as, “apascentando-se a si mesmos em vez de apascentar o rebanho”. E até chega a dizer, pela boca do profeta, que “Ele, o Senhor Deus, arrancará as ovelhas como presa dos seus dentes”… Ainda bem que, afinal, terá de ser o próprio Deus – que é o «bom Pastor» – quem vai tomar conta das Suas ovelhas!
A – É verdade que, no texto, os primeiros a serem julgados, ‘sem piedade’, são os “falsos pastores” – e desta questão haveria muito para falar (!) – mas também serão julgadas as ovelhas do rebanho.
B – E é precisamente acerca deste aspeto, na parte final, que vamos refletir. O que é que significa, então, isso de “ser feita justiça entre ovelhas e ovelhas”? Não era suposto serem “todas” boas?…
A – O facto de terem o mesmo Deus, bom pastor, a apascentá-las, não quer dizer que elas deixem de ser livres para dizer ‘não’ ao “divino pastor” ou se afastar do rebanho. Sabemos muito bem que Deus vai respeitar sempre a liberdade, enquanto durar o “tempo das pastagens” para o rebanho…
B – E se há liberdade – exercida conscientemente! – haverá igualmente “responsabilidade”, tendo em atenção que este termo (tal como “responsável”) é derivado de “responder” perante “alguém”…
A – Por isso, quando o «Rei Bom Pastor» – Cristo Jesus, que até “deu a vida pelas Suas ovelhas” – vier na sua Glória, todas as ovelhas (“carneiros” incluídos) hão de se confrontar com a Verdade!
B – É aí que “ovelhas do mesmo redil” poderão escutar sentenças opostas. “Umas”, “vinde… porque Me acolhestes e ajudastes” nos Meus irmãos mais “pequenos” e pobres… “Outras”, “ide… porque… não vos conheço” apesar de terdes sido “ovelhas do meu rebanho”(!?). (Mt 25)
A – Ou seja, ninguém poderá ficar ‘satisfeito’ só pelo facto de ser integrante do grupo dos seguidores do Bom Pastor. Lembremos aqueles que, à hora da Verdade, disseram a Jesus, “nós fomos dos teus discípulos”, mas escutaram como resposta, “não sei donde sois”(!).(Mt 7,22-23).
A/B: Livra-nos, Senhor Jesus, Bom Pastor que “deste a vida pelas ovelhas”,
daquela sentença desgraçada e terrível, que algum dia poderíamos vir a escutar
se não soubermos ser fiéis, e que nos afastaria definitivamente do Teu Rebanho…
Estaremos – prometemos! – sempre abertos, Jesus, à influência do Teu Espírito,
que vai fazer de nós, não apenas “ovelhas fiéis que seguem o seu Pastor”,
mas também – imitando-Te a Ti – sermos “pastores de outras ovelhas”,
a começar por aqueles irmãos mais necessitados, pequenos e pobres…
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net