“…Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:
«Ide à povoação que está em frente e, ao entrardes nela, encontrareis um
jumentinho preso, que ainda ninguém montou… Levaram-no a Jesus e, lançando as
capas sobre o jumentinho, fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o
povo estendia as suas capas no caminho… A multidão dos discípulos começou a
louvar alegremente a Deus em alta voz…: «Bendito o Rei que vem em nome do
Senhor…”. (Lc 19,30.35-38 /
Leitura evangélica para a procissão dos Ramos).
A respeito da expressão “a
multidão dos discípulos”, esclareçamos o seguinte. Embora só apareça o
termo «discípulos» nas 4 versões dos
Evangelhos, devemos ter em atenção duas questões. – A primeira: que os Biblistas consideram a palavra
‘discípulo’, no Evangelho, equivalente,
por vezes, a ‘servo’, ‘filho’, ‘pequeno’, ‘criança’… – E a segunda: que, na Tradição Litúrgica da Igreja, existe um hino litúrgico, muito antigo e famoso [«Pueri hebræorum portantes ramos olivarum…»(“As crianças dos hebreus levando ramos
de oliveira…”)] que se canta em «gregoriano».
Vemos, então, que a Tradição da
Igreja assumiu “o protagonismo das crianças” naquele episódio da Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E
assim, entendem-se melhor os versículos
finais (que aqui não aparecem): “Alguns
fariseus disseram a Jesus, do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus
discípulos». Mas Jesus respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as
pedras»”(Lc 19,39-40).
A – Olhemos por onde olharmos, sempre encontraremos, na vida deste
Jesus de Nazaré a mais pura simplicidade
nas atitudes paradoxais da Sua vida. Cá
está ‘o gesto da entrada em Jerusalém’!
B – O jumentinho, as capas dos ‘discípulos’ e da gente, os ramos de oliveira e outros, as clamações espontâneas… e, afinal – promovido
pela ‘tradição histórica’ – o
«protagonismo das crianças»…
A – Isto, não só pela sua inocência, ternura, pureza… – embora
também, evidentemente! – mas sobretudo, pela sua abertura e humildade na
aceitação do Reino de Deus, a Verdade de Jesus…
B – E visto que este simpático ‘profeta de Nazaré’ defendeu tanta vez o mais débil, fraco e pobre…
não admira que protegesse ‘os pequenos’ (contra os ‘adultos’): “Deixai vir a Mim as criancinhas!”…
A – Neste caso, a sua oposição final aos escrivas e fariseus, só se entende porque vai dirigida a defender
aos mais simples (a começar pelas crianças): “Se eles se calarem, gritarão as pedras”!
B – Precisamente, e porque já afirmámos as preferências de Jesus
por aquilo que é “inocente e puro”, vemo-lo
agora confirmado neste episódio, ao escolher um ‘burrinho’ impoluto – “que ainda ninguém
montou” – e, além disso, como dizia o profeta:
“filho de uma jumenta (‘de jugo’)” (Zc 9,9).
A – Pois é,
aqueles que são do género e espécie dos “escribas e companhia” teriam escolhido
um poderoso e elegante cavalo… mas, com Jesus-Deus, ‘sempre
triunfará’ a humildade e singeleza!
A-B: Ó Jesus de Nazaré – manso e
humilde profeta da Galileia – queremos juntar
a nossa oração de louvor
às aclamações daquelas crianças e gente
simples:
“«Hossana! Hossana! Bendito
o Reino do Filho de David!
12 Abril, 2019
«Bendito o Rei que vem em nome do Senhor…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Dom. 6 – RAMOS na PAIXÃO)
“…Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente e, ao entrardes nela, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou… Levaram-no a Jesus e, lançando as capas sobre o jumentinho, fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o povo estendia as suas capas no caminho… A multidão dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus em alta voz…: «Bendito o Rei que vem em nome do Senhor…”. (Lc 19,30.35-38 / Leitura evangélica para a procissão dos Ramos).
A respeito da expressão “a multidão dos discípulos”, esclareçamos o seguinte. Embora só apareça o termo «discípulos» nas 4 versões dos Evangelhos, devemos ter em atenção duas questões. – A primeira: que os Biblistas consideram a palavra ‘discípulo’, no Evangelho, equivalente, por vezes, a ‘servo’, ‘filho’, ‘pequeno’, ‘criança’… – E a segunda: que, na Tradição Litúrgica da Igreja, existe um hino litúrgico, muito antigo e famoso [«Pueri hebræorum portantes ramos olivarum…» (“As crianças dos hebreus levando ramos de oliveira…”)] que se canta em «gregoriano». Vemos, então, que a Tradição da Igreja assumiu “o protagonismo das crianças” naquele episódio da Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E assim, entendem-se melhor os versículos finais (que aqui não aparecem): “Alguns fariseus disseram a Jesus, do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus discípulos». Mas Jesus respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as pedras»” (Lc 19,39-40).
A – Olhemos por onde olharmos, sempre encontraremos, na vida deste Jesus de Nazaré a mais pura simplicidade nas atitudes paradoxais da Sua vida. Cá está ‘o gesto da entrada em Jerusalém’!
B – O jumentinho, as capas dos ‘discípulos’ e da gente, os ramos de oliveira e outros, as clamações espontâneas… e, afinal – promovido pela ‘tradição histórica’ – o «protagonismo das crianças»…
A – Isto, não só pela sua inocência, ternura, pureza… – embora também, evidentemente! – mas sobretudo, pela sua abertura e humildade na aceitação do Reino de Deus, a Verdade de Jesus…
B – E visto que este simpático ‘profeta de Nazaré’ defendeu tanta vez o mais débil, fraco e pobre… não admira que protegesse ‘os pequenos’ (contra os ‘adultos’): “Deixai vir a Mim as criancinhas!”…
A – Neste caso, a sua oposição final aos escrivas e fariseus, só se entende porque vai dirigida a defender aos mais simples (a começar pelas crianças): “Se eles se calarem, gritarão as pedras”!
B – Precisamente, e porque já afirmámos as preferências de Jesus por aquilo que é “inocente e puro”, vemo-lo agora confirmado neste episódio, ao escolher um ‘burrinho’ impoluto – “que ainda ninguém montou” – e, além disso, como dizia o profeta: “filho de uma jumenta (‘de jugo’)” (Zc 9,9).
A – Pois é, aqueles que são do género e espécie dos “escribas e companhia” teriam escolhido um poderoso e elegante cavalo… mas, com Jesus-Deus, ‘sempre triunfará’ a humildade e singeleza!
A-B: Ó Jesus de Nazaré – manso e humilde profeta da Galileia – queremos juntar
a nossa oração de louvor às aclamações daquelas crianças e gente simples:
“«Hossana! Hossana! Bendito o Reino do Filho de David!
Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor!
Hossana! Paz no Céu e glória nas Alturas!»”.
SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR DEUS DO UNIVERSO!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:http://palavradeamorpalavra.sallep.net