————  [ 30-C – Domingo 7 do T. Comum ]

===   “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam… Assim sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos como o vosso Pai…” (Lc 6,27-28.35-36-3ªL-).

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Penso que estas afirmações de Jesus (em Lc 6)

devem ser as mais importantes e atrevidas do Evangelho (!)

– e portanto da Bíblia –.

Aliás, é evidente que aqui, o tema e ‘palavra chave’

é o Amor (com maiúscula!).

Amor que chega ao máximo quando atinge os ‘inimigos’;

quer dizer, quando abrange todos, sem exceção!

Acontece que um ‘amor’ assim não é qualquer amor…

Este Amor que é Misericórdia [=sobre a ‘miséria’ põe o ‘coração’],

é o Amor do Pai-Deus, que é o “Abba” (Pai-Mãe)!

Então, será que não são estas afirmações

as verdades mais ousadas e atrevidas, e ao mesmo tempo

as mais importantes e maravilhosas – humano-divinas!

que possamos ‘buscar’, descobrir, encontrar!?

E, com certeza, não serão assim tão difíceis de conhecer,

assumir e até de viver, uma vez que o próprio Jesus, o Filho,

nos diz que “então seremos filhos de Deus – o Altíssimo –

que é bom até para os ingratos e maus”!

Ponhamo-nos, então, no lugar de tantas “imagens humanas”

– tão próximas do Abba (Pai-Mãe), que as gerou

qual são os ‘pais e mães’ que tiveram vári@s filh@s,

e que  são capazes de acolher e amar tod@s, e cada um/a,

(sejam do ‘feitio’, atitude, conduta, que forem)

“até aos mais ingratos e maus” (como diz a Palavra)…

Quanto mais o Pai-Deus!… E nós como Ele e com Ele!

 

             « Mãe de misericórdia, Mãe amável,…                          [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora ]

E também, «Mãe “do amor formoso” ou “do puro amor”» (Sr 24,18). Por isso, Mãe, agora olhamos para Ti, “Mãe amável” (como ‘digna de ser amada’ e porque ‘amas todos até ao infinito’). Tu sabes, Mãe, que amarmos nós assim, como o Pai-Deus ama – com esse ‘Amor Misericordioso’ que Jesus pede – exige dar-se, entregar-se sem limites… “Mãe de Misericórdia”, infunde em nós o Espírito de Jesus!

 

          —- Da «Outra Poesia» —-  

— «Misericordes sicut Pater!?» —

“«Eu vos chamo amigos se vós Me escutais

(prelúdio solene, discurso atrevido,

verdades amargas, mas puras e nuas?):

O vosso amor chegue até aos inimigos,

fazendo-lhes bem se eles vos odeiam.

Se amaldiçoarem, vós abençoai,

e orai por aqueles que vos injuriam…

A quem te bater na face direita,

hás de apresentar-lhe a outra, a esquerda.

Se alguém cobiçou a capa que levas,

deixa-lhe também a túnica nova.

Dá a quem te pedir porque necessita,

e nunca reclames quem levou o teu.

Dai sempre e a todos, e dar-se-vos-á!

Também tu não julgues p’ra não ser julgado.

E, se não desejas a tua condena

– a questão é simples – tu a ninguém condenes.

Perdoando sempre, serás perdoado!»”.

– Senhor, chega, basta! Já é suficiente!

“«E esta é e será vossa ‘regra de ouro’:

‘Eu farei aos outros aquilo de bom

que eu gosto que eles me façam a mim’…

Se quereis saber o ‘porquê’ e o ‘como’,

– o que justifica e dá fundamento

às ‘verdades’ ditas, que vós chamais ‘duras’ –,

dir-vos-ei que são o “Meu Mandamento”!

E ainda mais: ‘Sereis misericordiosos

porque assim é vosso Pai do Céu’»”.

[ Lc 6, 27-36 / (-Anónimo-) ]

 

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