———-  [ 35.Ccc- Domingo.12-Comum]

===   “…E disse-lhes Jesus: «Mas vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem… «O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado… ser morto e ressuscitar ao terceiro dia»”.(Lc 9,20-22 -3ªL-).

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Temos ‘sentenças’ que são opináveis,

outras nem tanto; o que achamos desta?:

«Geralmente acontece – para a Fé –

que aquilo que parece não o é,

e o que decerto é, não o parece».

Jesus de Nazaré – quem o pensara? –

era mesmo o Messias, O Esperado!

Mas, qual messias? Onde, como e quando?…

Uns dirão que é isto; outros, aquilo…

E quem diz verdade deve calar! (?)

Podemos nós, Jesus, imaginar

o que Tu sentirias neste trance:

Ser o Messias que o Pai Deus sonhou?

Ou ser ‘quem’ nós sonhamos, os humanos?

‘Este’, de triunfo e força contra todos!?

O ‘outro’, de morrer Crucificado

e, Ressurgindo, a todos nos salvar!?

Contemplamos Jesus neste ‘dilema’…

Mas se “foi a do Pai a escolha d’Ele”,

a nossa: gratidão, eterno Amor!

E, mil graças, Jesus, agora e sempre

por ter feito presente esta “Façanha”

e ‘alargado’ entre nós, sem fim à vista,

tal Presença de Amor – Eucaristia –,

sob as espécies de vinho e de pão,

por todo o tempo e pelo mundo além:

Connosco está sempre o «CORPO DE DEUS»!

 

      « Mãe do Salvador (Redentor), Casa de ouro, Torre de marfim,…    [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora]

Tu também viveste, Mãe, esta “Façanha” do teu Filho Amado, ou então não serias a “Mãe do Salvador-Redentor”! Aquelas «Cinco chagas» –de Jesus Crucificado– são as «Sete espadas de dor» –do Coração da Mãe Maria–… O que é que nós podemos fazer –de louvor, de gratidão, de amor– perante este Mistério admirável, “perturbante”?… Tu que és “Casa de ouro” e “Torre de marfim”, acompanha-nos sempre –nas nossas Eucaristias e Comunhões pela vida fora– : Que saibamos fazer, do nosso corpo e coração, uma ‘casa de ouro’ para Jesus-Eucaristia, e uma ‘torre de marfim’ contra todo o inimigo deste Divino Sacramento!

                   —- Da «Outra Poesia» —-

            — “Memorial do Mistério Pascal”-(*) —

– Isto é o Meu CORPO sem Sangue,

(porque perdido, derramado, totalmente)

Corpo ‘sem Sangue’: Corpo morto!…

– Isto é meu SANGUE separado do Corpo,

(porque extraído até à última gota)

Sangue ‘sem Corpo’: Sangue morto!…

– Corpo e Sangue mortos: Eis a “morte corporal”!

Mas porque a Vida absorveu a morte:

Tudo acabou em VIDA para sempre!

– Anunciamos, Senhor, a tua Morte;

proclamamos a tua RESSURREIÇÃO.

Vem, Senhor Jesus!

 

(*)- Duas NOTAS Interessantes:

1.]- Esta ORAÇÃO-ADORAÇÃO é possível rezá-la em silêncio

no momento da CONSAGRAÇÃO – na Eucaristia – ao contemplar

a Elevação do Corpo e do Sangue. E devemos reparar bem no seguinte:

O facto de, Corpo e Sangue, serem consagrados e elevados “separadamente”

(e não num mesmo ato, como podia parecer mais lógico e natural)

significa, em si, a própria “morte corporal” de Jesus,

devida, precisamente, à «separação de ‘o corpo’ e ‘o sangue’».

Toda a gente sabe que se (em qualquer animal, e portanto em todo o ser humano)

o sangue for tirado, extraído – “separado” – do seu corpo, isso significa a morte.

Em Jesus – enquanto homem – não podia ser de outro modo…

E nos utilizamos precisamente a expressão ‘morte corporal’, porque nem em Jesus

nem em qualquer ser humano pode existir outra ‘morte’ que não seja a ´do corpo´,

dado que o ‘espírito’(!) – o ser humano-divino como tal – não pode morrer!!!

(Bem entendido, que também ‘o corpo’, como em Jesus, será “ressuscitado em glória”!).

2.]- A segunda Nota refere-se a um “pequeno gesto”(!) – na Celebração Eucarística –

que pode passar despercebido, mas que é significativo no tema que estamos a refletir:

Este ‘gesto’ tem lugar (entre o rito da Paz e o Cordeiro de Deus) quando o ministro do altar

«parte a hóstia sobre a patena e deita um ‘fragmento’ no cálice, dizendo em silêncio:

Esta união do Corpo e Sangue do nosso Senhor Jesus Cristo…».

[Estas palavras (entre «») são transcritas das “Rubricas” do Missal do Altar].

Quer isso dizer que, na Eucaristia: O ‘espaço de tempo’ que vai desde

a “Consagração” até ao “Cordeiro de Deus” representaria o tempo que dura ‘a morte’.

Ou seja, o Corpo e Sangue, “separados” na consagração (para a morte)

“reúnem-se” agora definitivamente (para a Vida). E, como é evidente,

este gesto significa exatamente a RESSURREIÇÃO de Cristo Jesus!  

 

 

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