———-  [ 46.Ccc- Domingo.23-Comum ]

===    “Jesus disse àquela grande multidão: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo… Assim, quem, de entre vós, não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo»”.(Lc 14,25-27.33 / 3ªL).

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«Para demonstrar amor verdadeiro

foi sempre necessária a cruz» – lembram-se? –.

E agora vem Jesus, no Evangelho,

recordar-nos de novo essa questão:

Pois, dado que é Amor “seguir-Me a Mim,

carregar com a cruz é necessário”

Pela importância dada à sua Cruz

– única “chave” p’ra salvar o mundo –

deu Jesus esse “peso redentor”

às dores e pesares dos humanos,

vividos nesta mortal caminhada:

E ao assumir seu sentido salvífico,

mostrou-nos seu valor de eternidade…

E agora vemos claro que a Palavra

põe, perante a cruz, “nossos amores”

“mãe, pai, filhos, esposa, irmãos… e vida”

como nunca antepostos ao Senhor,

sempre que for precisa uma eleição!

É que marcar “estoutra preferência”

não significa abandonar “aqueles”

que, para nós, Deus fez “seres queridos”,

mas pô-los nos Seus braços Paternais

para, na Salvação, entrar connosco!

Porém, é necessário que nós mesmos

abracemos primeiro “aquela cruz”,

se quisermos – com ‘verdadeiro amor’ –

que “para eles” brilhe a Redenção!

 

 

« Mãe de Misericórdia (Mãe das Dores), Mãe do Salvador (ou Redentor),…   [Da: «LADAINHA» de Nossa Senhora…]

Em assuntos de cruzes e sofrimentos, ninguém se pode comparar conTigo, Mãe!… E ao Te contemplar, mesmo ao pé da Cruz do teu Filho Jesus, quem poderá achar outra pessoa – seja ela  mãe, ou pai, ou filho, ou esposo, ou irmã, ou amigo… – com maior sofrimento do que Tu, “Mãe das Dores” (e por isso, “Mãe de Misericórdia”)!?… Tu que caminhavas junto de Simão Cireneu, naquela primeira «via sacra», com ‘santa inveja’ por não poderes Tu carregar essa pesada Cruz de Jesus, ó “Mãe desse Salvador”, acompanha-nos sempre, e ajuda-nos a levar as “nossas cruzes”, nos “via-crucis” das nossas vidas!…

 

                   –—- Da «Outra Poesia» —–    

                                    — «Eu levo uma cruz» —

No peito eu levo uma cruz,

no meu coração

o que disse Jesus.

Eu venho do Sul e do Norte,

do Oeste e do Leste, de todo o lugar.

Estradas da vida eu percorro,

levando socorro a quem precisar.

Assunto de paz é o meu forte.

Eu cruzo montanhas, mas vou aprender.

O mundo não me satisfaz.

O que eu quero é a paz,

o que eu quero é viver.

No peito eu levo uma cruz,

no meu coração

o que disse Jesus.

Eu sei que não tenho a idade

e a maturidade de quem já viveu.

Mas sei que já tenho a idade

de ver a verdade: o que eu quero é ser eu.

O mundo, ferido e cansado

de um negro passado de guerras sem fim,

tem medo da bomba que fez

e da fé que desfez…

e aponta p’ra mim.

No peito eu levo uma cruz,

no meu coração

o que disse Jesus.

Eu venho trazer meu recado,

não tenho passado mas sei entender:

Um Jovem foi crucificado

por ter ensinado a gente a viver.

Eu grito ao meu mundo descrente:

“Eu quero ser gente, eu creio na Cruz.

Eu creio na força do jovem

que segue o caminho

de Cristo Jesus”.

No peito eu levo uma cruz,

no meu coração

o que disse Jesus.

          [ “Poema-canção” (1972) – Pe Zezinho-SCJ ]

 

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