41.A3 – Domingo.18.Comum. / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«VÓS, QUE TENDES FOME E SEDE…!»

É verdade. Há sempre um “alimento melhor”, que Deus pode dar-nos sempre.(Is 55). Claro que, na nossa Humanidade, haverá sempre “doenças”, golpes, males… para serem “curados”… Igualmente, existirão sempre “fomes”, insatisfações, apetites… para serem “saciados”. Realidades do nosso mundo – criado por Deus “perfeito” (“tudo era muito bom”-Gn) – embora pareça tudo tão “imperfeito” ou ‘falhado’, por motivos vários!… É que toda essa “aparente(!) imperfeição” (como já devemos saber) é consequência da “sagrada liberdade humana”, atributo concedido pelo Criador. Nem Ele nem nós, queremos renunciar a ser livres (ainda que isso seja a causa das tais ‘imperfeições’-?-). Aliás, nunca devemos esquecer que «Não há Amor sem Cruz», e esta Criação “contribui”(!). Ou seja, a Criação, tal e qual como ela é, com todas as ‘imperfeições’ (muitas vezes terríveis!), não deixa de ser Perfeita, a melhor que podia ser! [Se houvesse ‘outra melhor’, essa teria sido Criada!]… Mas voltemos ao início: Deus dá-nos sempre um “alimento” melhor, que irá acompanhado, e/ou precedido, das “curas” – indispensáveis – de todas as nossas ‘doenças’ e ‘fomes’!  E, como se vê, só Ele pode fazê-lo!

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»»   “Diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas… Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia?…»”.(Is 55 / 1ªL)

»»   “Irmãos: Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?… Nem a morte nem a vida… nem o presente nem o futuro… nem a altura nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus em Cristo Jesus, Senhor nosso”.(Rm 8 / 2ªL)

»»   “Os discípulos disseram a Jesus: «…Manda embora toda esta gente…». Jesus disse: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer»… Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção… Todos ficaram saciados”.(Mt 14 / 3ªL)

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          Porém, é triste e lamentável que os humanos teimemos em utilizar os ‘meios errados’ para resolver aqueles “problemas”. O próprio Deus no-lo diz (por Isaías) com toda a clareza: “Porque é que gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia?”(1ªL). Todos entendemos que os termos ‘gastar’, ‘dinheiro’, ‘alimento’, ‘saciar’, não têm somente um significado literal(!?)… E o mais grave, para nós, é que – enquanto pensarmos e agirmos assim(!) – não seremos capazes de afirmar (Rm 8 /2ªL): “…Nem a morte nem a vida… nem o presente nem o futuro… nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus em Cristo Jesus”… Isso não quer dizer que não se deva atender também ao significado literal daquelas palavras(?), pois é o mesmo Deus, em Jesus, que começa por saciar a “fome corporal” com o próprio “alimento material”. Sabia Ele muito bem que não se pode pretender saciar a “fome do espírito” sem antes saciar a ‘fome do corpo’. A “multiplicação dos pães e dos peixes, para ficar saciada toda aquela multidão”(Mt 14 /3ªL) vem de encontro a isso!

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos (“Piropos”?)» de Nossa Senhora: ]

+ Nossa Senhora do Pão-Eucarístico; Senhora do Cenáculo;

Senhora da Fonte de Água-viva; Mãe do Criador e Mãe do Salvador;… nossa Mãe:

Como Mãe de Quem “originou e mantém” a Criação universal, ó ‘Mãe do Criador’,

e, ao mesmo tempo, Mãe de quem a “redimiu e libertou”, ó ‘Mãe do Salvador’,

dirigimo-nos a Ti com a confiança filial que Tu nos inspiras, para que nos ensines

a atender, antes de mais, aos que sofrem pelas ‘fomes’ e ‘sedes’ corporais…

E logo, sim, Mãe, – ‘Fonte da Água-viva’ e ‘Senhora do Pão-Eucarístico’ –

que aprendamos – nós e eles – a saciar a fome e sede do espírito,

com o “Pão de Vida” e com a “Água-viva que jorra até à vida eterna”(Jo 4)!

 

 

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