1Rs 19,11-12: “O Senhor… não estava na forte rajada de vento… nem no terramoto… nem no fogo… mas Ele fez-Se presente numa ligeira brisa…”. // Rm 9,3: “Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo, para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas…”. // Mt 14,29-31: “Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas… Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o…”.
D – …DEUS NÃO ESTAVA NO VENTO FORTE NEM NO TERRAMOTO NEM NO FOGO, MAS SIM NA BRISA SUAVE… (1Rs 19)
C – …PEDRO… CAMINHOU SOBRE O MAR… MAS COMEÇANDO A AFUNDAR-SE, GRITOU: «SALVA-ME, SENHOR!» (Mt 14)
O – …QUISERA EU PRÓPRIO (PAULO) SER ANÁTEMA (‘REJEITADO’) PARA SALVAR OS MEUS IRMÃOS ISRAELITAS (Rm 9)
C – Se o Senhor apareceu apenas através da “ligeira brisa”, quer dizer que não O poderemos encontrar nos acontecimentos espetaculares, fruto da força e da violência?…
O – Talvez o nosso amigo Pedro, ao querer andar sobre as águas, apostasse mais no ‘milagre espetacular’ do que na fé firme e confiança plena em Jesus. E assim, não deu certo.
C – Claro que o Senhor ‘não estava’ – para a ‘provocar’ – na tempestade (“violência do vento”) no Mar da Galileia… Mas ‘sim estava’ bem presente para ‘salvar Pedro’ no momento próprio!
D – É evidente que Aquele que disse, “vinde a Mim, os cansados e oprimidos… porque Eu sou manso e humilde de coração”, está sempre presente para ajudar a superar os problemas, mas nunca para os provocar (que isto deve-se às leis da natureza e/ou à malícia humana).
C – A nossa vocação e missão deve ser – seguindo o estilo de Jesus – vivermos sempre atentos às necessidades dos outros para os ajudar a sair da sua vida de pobreza e/ou de pecado…
O – Ou seja, contribuir para a sua salvação!? Neste sentido, agora é possível entender essa afirmação ‘impossível’(!) de Paulo ao escrever que “está disposto a ser, ele próprio, rejeitado (‘anátema’) para salvar os seus irmãos de raça”, os judeus.
X — Perante situações complicadas, mais ou menos graves (caso da ‘pandemia’ atual), parece não sabermos ‘onde colocar Deus’… Alguns preferem deixar Deus de parte, ignorá-l’O, esquecê-l’O… Pode parecer a muitos que o mais fácil ou simples é ignorar e esquecer Deus para todos os efeitos: pois ou não existe, ou se existir ‘não quer lá saber disto’. Há ainda aqueles que, direta ou indiretamente, culpam a Deus dos acontecimentos nefastos e graves que nos afligem ou atormentam… Dir-se-ia, destas pessoas, que «só se lembram de Santa Bárbara quando troveja». São as pessoas para as quais – na sua vida real – Deus não existe; mas – isso sim – quando se trata de encontrar ‘um culpável’ pelas catástrofes, pandemias, guerras, abusos gritantes, etc., esse só pode ser Deus. Valente ‘contrassenso’!… Porém, a Palavra de Deus (que muitas dessas pessoas não conhecem e outras talvez preferem ignorar) tem a chave e a resposta para estes problemas e ‘mistérios’… Porque, ao refletirmos na Palavra, observamos: que Deus manifesta ao profeta Elias ‘não estar ligado’ àquelas realidades violentas (1Rs 19), mas sim à ‘calma e suavidade’; e que, no Evangelho, observamos igualmente o facto de Deus, em Jesus, não estar na origem daquela tempestade no mar, mas que isso não impede que Ele esteja bem presente para “salvar a Pedro” e aos outros colegas… Aí está a atitude de Deus! — Ó Senhor – Deus em Jesus –: no meio desta tempestade e travessia da ‘pandemia’, imprevisível, temos a certeza de que ‘navegas’ sempre connosco, ‘no mesmo barco’, embora pareça que “estás a dormir” (cf. Mc 4), para nos salvar, no tempo oportuno…
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Como o homem que ruma no mar sem velas nem remos, isso é a fé, isso é a fé!» …
(♪) – «Nada te turbe, nada te espante: quem a Deus tem nada lhe falta. Nada te turbe, nada te espante: só Deus basta!» …
(♪) – «Não vou só: tenho um amigo a meu lado. Não vou só, eu sei que Deus está comigo! (2)» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco –
Palavras do Papa à Humanidade: «Estamos todos no mesmo barco…».
[ Na primeira etapa da pandemia do coronavírus -covid’19-(início-2019) ]
“Estamos todos no mesmo barco. É o tempo de reajustar a vida. Só o conseguiremos juntos”.
«A pandemia do Covid-19 é um desafio para a humanidade, que deve unir todos, “sem distinções entre crentes e não-crentes”.
Somos todos humanos e, como homens, estamos todos no mesmo barco. E nenhuma coisa humana deve ser estranha para um cristão. Aqui choramos porque sofremos. Todos nós. Há em comum a humanidade e o sofrimento. Ajuda-nos a sinergia, a colaboração mútua, o senso de responsabilidade e o espírito de sacrifício que é gerado em tantos lugares. Não devemos fazer diferença entre crentes e não-crentes, vamos à raiz: a humanidade. Diante de Deus somos todos filhos.
Uma senhora percebeu que estava a morrer e quis despedir-se dos seus entes queridos: a enfermeira pegou no telemóvel e fez uma videochamada para a neta, assim a senhora idosa viu o rosto da neta e pôde partir com este consolo. É a necessidade última ter uma mão que segura a nossa mão, a necessidade de um gesto final de companhia.
A dor daqueles que partiram sem se despedir torna-se uma ferida no coração daqueles que ficaram.
Agradeço a todos estes enfermeiros e enfermeiras, médicos e voluntários que, apesar do cansaço extraordinário, se inclinam com paciência e bondade de coração, para suprir a ausência obrigada dos familiares.
Num tempo de penitência, compaixão, esperança e humildade, apelo a um novo espírito de solidariedade.
Só podemos sair desta situação juntos, como uma humanidade inteira.
Convido os católicos a viver esta pandemia com especial atenção à oração, que ajuda todos a compreender a sua “vulnerabilidade”.
Numa situação difícil e desesperada, é importante saber que existe o Senhor a quem nos podemos agarrar.
Espero que, após esta crise, a humanidade se centre mais no “nós” do que no confronto com o “outro”.
Construir uma verdadeira fraternidade entre nós. Recordar esta experiência difícil que todos nós vivemos juntos. E seguir em frente com esperança, que nunca dececiona.
E estas serão as palavras-chave para recomeçar: raízes, memória, fraternidade e esperança».
– [ Papa Francisco – (20.03.2020) – in Entrevista-Jornal «La Stampa» ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
11 Agosto, 2023
«Começando a afundar-se, gritou: “Salva-me, Senhor!”»
Luis López A Palavra REFLETIDA
1Rs 19,11-12: “O Senhor… não estava na forte rajada de vento… nem no terramoto… nem no fogo… mas Ele fez-Se presente numa ligeira brisa…”. // Rm 9,3: “Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo, para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas…”. // Mt 14,29-31: “Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas… Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o…”.
D – …DEUS NÃO ESTAVA NO VENTO FORTE NEM NO TERRAMOTO NEM NO FOGO, MAS SIM NA BRISA SUAVE… (1Rs 19)
C – …PEDRO… CAMINHOU SOBRE O MAR… MAS COMEÇANDO A AFUNDAR-SE, GRITOU: «SALVA-ME, SENHOR!» (Mt 14)
O – …QUISERA EU PRÓPRIO (PAULO) SER ANÁTEMA (‘REJEITADO’) PARA SALVAR OS MEUS IRMÃOS ISRAELITAS (Rm 9)
C – Se o Senhor apareceu apenas através da “ligeira brisa”, quer dizer que não O poderemos encontrar nos acontecimentos espetaculares, fruto da força e da violência?…
O – Talvez o nosso amigo Pedro, ao querer andar sobre as águas, apostasse mais no ‘milagre espetacular’ do que na fé firme e confiança plena em Jesus. E assim, não deu certo.
C – Claro que o Senhor ‘não estava’ – para a ‘provocar’ – na tempestade (“violência do vento”) no Mar da Galileia… Mas ‘sim estava’ bem presente para ‘salvar Pedro’ no momento próprio!
D – É evidente que Aquele que disse, “vinde a Mim, os cansados e oprimidos… porque Eu sou manso e humilde de coração”, está sempre presente para ajudar a superar os problemas, mas nunca para os provocar (que isto deve-se às leis da natureza e/ou à malícia humana).
C – A nossa vocação e missão deve ser – seguindo o estilo de Jesus – vivermos sempre atentos às necessidades dos outros para os ajudar a sair da sua vida de pobreza e/ou de pecado…
O – Ou seja, contribuir para a sua salvação!? Neste sentido, agora é possível entender essa afirmação ‘impossível’(!) de Paulo ao escrever que “está disposto a ser, ele próprio, rejeitado (‘anátema’) para salvar os seus irmãos de raça”, os judeus.
X — Perante situações complicadas, mais ou menos graves (caso da ‘pandemia’ atual), parece não sabermos ‘onde colocar Deus’… Alguns preferem deixar Deus de parte, ignorá-l’O, esquecê-l’O… Pode parecer a muitos que o mais fácil ou simples é ignorar e esquecer Deus para todos os efeitos: pois ou não existe, ou se existir ‘não quer lá saber disto’. Há ainda aqueles que, direta ou indiretamente, culpam a Deus dos acontecimentos nefastos e graves que nos afligem ou atormentam… Dir-se-ia, destas pessoas, que «só se lembram de Santa Bárbara quando troveja». São as pessoas para as quais – na sua vida real – Deus não existe; mas – isso sim – quando se trata de encontrar ‘um culpável’ pelas catástrofes, pandemias, guerras, abusos gritantes, etc., esse só pode ser Deus. Valente ‘contrassenso’!… Porém, a Palavra de Deus (que muitas dessas pessoas não conhecem e outras talvez preferem ignorar) tem a chave e a resposta para estes problemas e ‘mistérios’… Porque, ao refletirmos na Palavra, observamos: que Deus manifesta ao profeta Elias ‘não estar ligado’ àquelas realidades violentas (1Rs 19), mas sim à ‘calma e suavidade’; e que, no Evangelho, observamos igualmente o facto de Deus, em Jesus, não estar na origem daquela tempestade no mar, mas que isso não impede que Ele esteja bem presente para “salvar a Pedro” e aos outros colegas… Aí está a atitude de Deus! — Ó Senhor – Deus em Jesus –: no meio desta tempestade e travessia da ‘pandemia’, imprevisível, temos a certeza de que ‘navegas’ sempre connosco, ‘no mesmo barco’, embora pareça que “estás a dormir” (cf. Mc 4), para nos salvar, no tempo oportuno…
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Como o homem que ruma no mar sem velas nem remos, isso é a fé, isso é a fé!» …
(♪) – «Nada te turbe, nada te espante: quem a Deus tem nada lhe falta. Nada te turbe, nada te espante: só Deus basta!» …
(♪) – «Não vou só: tenho um amigo a meu lado. Não vou só, eu sei que Deus está comigo! (2)» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco –
Palavras do Papa à Humanidade: «Estamos todos no mesmo barco…».
[ Na primeira etapa da pandemia do coronavírus -covid’19-(início-2019) ]
“Estamos todos no mesmo barco. É o tempo de reajustar a vida. Só o conseguiremos juntos”.
«A pandemia do Covid-19 é um desafio para a humanidade, que deve unir todos, “sem distinções entre crentes e não-crentes”.
Somos todos humanos e, como homens, estamos todos no mesmo barco. E nenhuma coisa humana deve ser estranha para um cristão. Aqui choramos porque sofremos. Todos nós. Há em comum a humanidade e o sofrimento. Ajuda-nos a sinergia, a colaboração mútua, o senso de responsabilidade e o espírito de sacrifício que é gerado em tantos lugares. Não devemos fazer diferença entre crentes e não-crentes, vamos à raiz: a humanidade. Diante de Deus somos todos filhos.
Uma senhora percebeu que estava a morrer e quis despedir-se dos seus entes queridos: a enfermeira pegou no telemóvel e fez uma videochamada para a neta, assim a senhora idosa viu o rosto da neta e pôde partir com este consolo. É a necessidade última ter uma mão que segura a nossa mão, a necessidade de um gesto final de companhia.
A dor daqueles que partiram sem se despedir torna-se uma ferida no coração daqueles que ficaram.
Agradeço a todos estes enfermeiros e enfermeiras, médicos e voluntários que, apesar do cansaço extraordinário, se inclinam com paciência e bondade de coração, para suprir a ausência obrigada dos familiares.
Num tempo de penitência, compaixão, esperança e humildade, apelo a um novo espírito de solidariedade.
Só podemos sair desta situação juntos, como uma humanidade inteira.
Convido os católicos a viver esta pandemia com especial atenção à oração, que ajuda todos a compreender a sua “vulnerabilidade”.
Numa situação difícil e desesperada, é importante saber que existe o Senhor a quem nos podemos agarrar.
Espero que, após esta crise, a humanidade se centre mais no “nós” do que no confronto com o “outro”.
Construir uma verdadeira fraternidade entre nós. Recordar esta experiência difícil que todos nós vivemos juntos. E seguir em frente com esperança, que nunca dececiona.
E estas serão as palavras-chave para recomeçar: raízes, memória, fraternidade e esperança».
– [ Papa Francisco – (20.03.2020) – in Entrevista-Jornal «La Stampa» ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net