Lc 1,48-49: “De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome”. // 1Cor 15,25-26: “É necessário que Cristo reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte”. // Ap 12,1: “Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”.

 

D – «…DE HOJE EM DIANTE ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA -FELIZ- TODAS AS GERAÇÕES…» (Lc 1)

C – É NECESSÁRIO QUE CRISTO REINE, ATÉ QUE TENHA POSTO TODOS OS INIMIGOS DEBAIXO DOS SEUS PÉS… (1Cor 15)

O – APARECEU NO CÉU UM SINAL GRANDIOSO: A MULHER REVESTIDA DE SOL…COM UMA COROA DE ESTRELAS (Ap 12)

 

C – Na vida real de todo o ser humano (e não só?), por estar inserido na “corrente histórica”, embora viva de facto num ‘presente’, aparece, conjuntamente, o ‘passado’ e o ‘futuro’…

O – Nesta Palavra de hoje – diversa – evidencia-se essa conjunção, que decerto ultrapassa e supera o tempo e o espaço…: “apareceu no Ceu”; “me chamarão”; “é necessário que reine”

D – Por inspiração divina – no momento da minha Visitação – exclamei: “De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações…”. Claramente projetada ao futuro infindo…

O – Mas quem é o responsável por esta realização, presente e futura? Quem será o garante do seu cumprimento no futuro? E quem é que faz com que Cristo reine, enquanto estão a ser vencidos e submetidos todos os inimigos?…

C – Só pode ser aquele Deus que a Virgem Maria proclama e reconhece como quem “fez n’Ela maravilhas, pelo facto de Ele ser Todo-Poderoso e de nome Santo”… E assim todo o seu hino ‘Magnificat’…

D – Quem ia ser senão esse «Deus de todos os passados, presentes, e futuros», que há de fazer “aparecer no Céu (o meu) sinal grandioso (adornando-me com aqueles atributos): mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”!?

 

’ X — Quando o Pai-Deus – que não deixa de ser “Deus Todo-Poderoso”(em expressão de Maria) – realiza os seus planos e desígnios, atua em simultâneo no futuro, no presente e no passado, por não estar ‘dependente’ do ‘tempo-espaço’… Efetivamente, para Ele, tudo é ‘atual’, tudo está ‘em ato’ presente! Os profetas (mensageiros e videntes Seus) sabem muito bem isto… Ao escrever – divinamente inspirados – por exemplo, que “uma ‘virgem’ grávida dará à luz um filho”(Is 7,14), esse facto, que está a realizar-se ‘naquele presente’ (na jovem esposa do rei Acaz) ao mesmo tempo e como ‘prefiguração’, realizar-se-á ‘futuramente’, no momento preciso, naquela verdadeira Virgem de Nazaré, Maria… E quando, por exemplo, Jesus o Nazareno, o Filho nascido desta gravidez ‘inconcebível’ (!), tenha de afirmar – no seu ‘presente’ – a “divindade dos seres humanos” (!?), invocará a autoridade das Escrituras para justificar essa verdade [“Eu disse: «vós sois deuses»” (Jo 10,34-35)] com “um texto” daquele longínquo ‘passado’[Sl 81(82),6] que ninguém podia imaginar tivesse tal sentido neste ‘presente’ de Jesus se Ele não o aplicasse daquele modo… Etc.  — Pois este é o Deus Omnipresente e Omnipotente. O teu Deus, Maria! Esse Deus Pai que, desde a tua gravidez virginal (pela virtude do Espírito Santo, como ninguém poderia jamais ter idealizado) foi progressivamente completando em ti, ó Mãe d’Ele e nossa Mãe, o que faltava para a tua inteira e total Glorificação… Sejamos nós, Mãe, felizes partícipes desta tua Glória!   

 

[] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):

() – «Vela por nós, filhos teus, Mãe de Jesus, nossa Mãe! – {Tu podes: és Mãe de Deus. E deves: és nossa Mãe!} -(2)» …

() – «Maria, Maria, Maria, Maria! – {Somos todos teus filhos: queremos amar-Te, como até hoje ninguém Te amou!} -(2)»

() – «Santa Maria, Mãe da Esperança: – {mantém o ritmo da nossa Espera!} -(2)»

 

«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA

[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]

 

Papa Francisco

Reflexão do Papa acerca de: O Céu é nossa meta, e não temos outra…

 

«No Evangelho de Lucas lê-se: “A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1,46-47).

Ressaltamos, neste texto evangélico do ‘Magnificat’ de Maria, os dois verbos da frase: engrandecer e alegrar-se. Maria exulta por causa de Deus. “A nós aconteceu, talvez, de exultar pelo Senhor: exultamos pelo resultado obtido, por uma bela notícia recebida, mas hoje Maria nos ensina a exultar em Deus, porque Ele faz ‘grandes coisas’. As grandes coisas são evocadas por outro verbo: engrandecer. De facto, engrandecer significa exaltar uma realidade pela sua grandeza. Maria exalta a grandeza do Senhor.

Na vida, é importante buscar coisas grandes, recordou Francisco; de contrário, perdemos nos em muitas pequenezas ou mesquinhezes. Maria nos demonstra que, se quisermos que a nossa vida seja feliz, deve ser colocado Deus em primeiro lugar, porque somente Ele é grande.

Quantas vezes, ao invés, vivemos buscando coisas de pouco valor: preconceitos, rancores, rivalidades, invejas, ilusões, bens materiais supérfluos… Quantas mesquinhezes na vida! Maria hoje convida-nos a elevar o olhar para as ‘grandes coisas’ que o Senhor realizou Nela. Também em nós, em cada um de nós, o Senhor faz tantas grandes coisas! É preciso reconhecê-las e exultar.

São as “grandes coisas” festejadas na solenidade da Assunção.

Maria foi assumida (“assunta”) no Céu: pequena e humilde, recebe a glória maior. Ela, que é uma criatura humana, uma de nós, alcança a eternidade em alma e corpo. E ali espera por nós, como uma mãe espera que os filhos voltem para casa. De facto, o povo de Deus a invoca como “porta do céu”.

Nós estamos a caminho, peregrinos rumo à casa, lá de cima. Hoje, olhamos para Maria e vemos a linha de chegada. Vemos que no paraíso, com Cristo, o Novo Adão, está também ela, Maria, a nova Eva, e isso nos dá conforto e esperança na nossa peregrinação aqui em baixo.

Portanto, a festa da Assunção de Maria é um apelo para todos, especialmente para aqueles que estão aflitos por dúvidas e tristezas, e vivem com o olhar deprimido e cabisbaixo.

Olhemos para o alto, o céu está aberto. O céu não provoca temor, porque, no limiar, há uma Mãe que está à nossa espera.

E como toda a mãe, quer o melhor para os seus filhos e diz-nos: «Vocês são preciosos aos olhos de Deus; não são feitos para os pequenos prazeres do mundo, mas para as grandes alegrias do Céu». Porque Deus é alegria, não tédio. Deixemos que Nossa Senhora, na sua Assunção, nos ‘segure pela mão’. Sim, toda a vez que pegamos no Terço e rezamos, damos um passo adiante rumo à grande Meta da vida».

– [Papa Francisco no Angelus(15.08.2019)]

 

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