
Is 56,1.7: “«Respeitai o direito, praticai a justiça porque a minha salvação está perto…
E a minha casa será chamada ‘casa de oração para todos os povos’»”. // Rm 11,15.32: “Da rejeição dos judeus resultou a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração senão uma ressurreição?… Efetivamente, Deus encerrou a todos na desobediência, para usar de misericórdia para com todos”. // Mt 15,22.28: “Então, uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim»… «Ó mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada”.
D – «RESPEITAI O DIREITO, PRATICAI A JUSTIÇA… A MINHA SALVAÇÃO ESTÁ PERTO… PARA TODOS OS POVOS» (Is 56)
O – «Ó MULHER, É GRANDE A TUA FÉ. FAÇA-SE COMO DESEJAS»… E, ENTÃO, A SUA FILHA FICOU CURADA (Mt 15)
C – ASSIM, DEUS ENCERROU A TODOS NA DESOBEDIÊNCIA, PARA USAR DE MISERICÓRDIA COM TODOS (Rm 11)
D – Ao falar em ressurreição, redenção, “salvação”… “para todos os povos”, ou em “misericórdia para com todos”, é evidente que está a ser ignorada e evitada toda a distinção e separação!
O – Quer dizer, então: “não há judeu e gentio, grego e romano, homem e mulher”; não há ‘hétero’ e ‘homo’; ‘com sida’ ou ‘na droga’; nacional ou imigrante; pobre ou rico: justo ou injusto?…
C – Mas, entre tantos templos – multiplicados e divididos – : ‘igrejas’, ‘sinagogas’, ‘mesquitas’, ‘pagodes’, ‘mandir’, etc., onde é que podemos encontrar o «Deus único e verdadeiro», o Seu ‘Templo e Casa’, para O adorar e orar?
D – Enquanto caminhamos em direção ao Reino de Deus, anunciado pelo Filho, Jesus; isto é, até se cumprir aquilo de «a minha casa será chamada “casa de oração para todos os povos”», os ‘outros templos’ também são ‘casa de oração’, onde outros encontram o ‘Deus verdadeiro’…
O – Até o próprio Filho, Jesus, ‘aprendeu’ (!) – pela fé daquela estrangeira – a “deitar aos ‘filhos’ e aos ‘cãezinhos’ o mesmo pão… Ó mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas”…
C – Afinal, existe “um tempo para a Esperança”, que só Deus sabe o que há de durar. Primeiro, terão de ser “rejeitados os judeus para a reconciliação do mundo, e então virá a reintegração dos judeus” e a Salvação de todos os povos (escreve Paulo na Carta aos Rm).
X — Quanto nos custa aprendermos a “partilhar”, não apenas os bens materiais, mas também e sobretudo ‘outros bens’! Sabemos e afirmamos que ‘existem muitos caminhos que levam a Deus’, embora continuamos a pensar que o nosso “caminho de Salvação” (o cristão) é o verdadeiro, e os das outras religiões ‘são extravios’… Ainda não aprendemos que os ‘caminhos’ que trilham muitos outros – irmãos nossos! – conduzem também, por enquanto, à Casa do Pai de todos! Jesus insistiu muito na necessidade de termos paciência e perseverança, devido à lentidão do crescimento do “Reino de Deus”; muito mais lento do que a germinação das sementes das plantas (nas suas ‘parábolas do Reino’). Até aí deve chegar a nossa ‘partilha solidária’. Até ‘partilhar os caminhos’ de salvação! Eles partilham connosco (e mesmo que o não fizessem) e nós com eles!… — Bem sabemos, Jesus, que Tu pretendias dar a todos uma “lição de partilha” com aquela tua “atitude” perante a mulher sirofenícia (não judia, portanto). O teu desejo era provar, diante de todos, a fé daquela mulher para, logo, “salvar a sua filha da morte”. Nós já aprendemos, Jesus, essa lição de aceitar todos, e de “partilharmos” também os seus caminhos de salvação. Mas com a tua ajuda, vamos tentar vivê-lo cada vez melhor.
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Tu, Senhor, és o Caminho! Tu, Senhor, és a Verdade! Tu, Senhor, és a Vida!» …
(♪) – «Libertador de Nazaré, estou aqui, vem junto a mim! Libertador de Nazaré, que vou fazer sem Ti?» …
(♪) – «Senhor Jesus, só Tu és o Caminho p’ra seguir; só Tu és a Verdade p’ra dizer; Tu és a Vida p’ra viver!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco –
Acerca de: “Deus inclui todos na salvação”
«No texto da Carta aos Romanos, São Paulo convida os crentes a não julgar e a não desprezar o irmão pois isto leva a excluí-lo do nosso grupinho, a ser seletivo e isto não é cristão. O exemplo do cristão vem do próprio Senhor Jesus que com o seu sacrifício no Calvário uniu e incluiu “todos os homens na salvação”.
Ao olhar para o Evangelho, vemos como se aproximavam de Jesus os publicanos e os pecadores que eram, ao tempo, os excluídos, todos os que estavam fora. Vemos como, perante isto, murmuravam os fariseus e os escribas.
A atitude dos escribas e fariseus é a mesma, excluem: ‘Nós somos os perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos’. E a atitude de Jesus é incluir. Existem dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras: todas as calamidades, todas as guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantas guerras! O caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário ao outro: incluir”.
Em todas as etapas da história vemos que não foi fácil incluir as pessoas porque há resistência, há aquela atitude seletiva. Para combater esta atitude o próprio Jesus conta a parábola da ovelha perdida e da mulher que perde uma moeda. Observemos a alegria de um e outro.
Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão ter com os amigos, os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Assim é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas… ‘não, este não; aquele também não…’ e constrói um pequeno círculo de amigos que é o seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão. Deus incluiu todos nós na salvação, todos! Este é o início.
Nós, com as nossas fraquezas, com os nossos pecados, com as nossas invejas e ciúmes, temos sempre esta atitude de excluir que – como disse – pode terminar em guerra.
A Salvação de Deus é, pois, um ato de inclusão uma vez que Jesus faz como o Pai que o enviou para nos salvar, ‘procura-nos para nos incluir’, para ‘sermos uma família”.
Pensemos um pouco e, pelo menos, façamos o mínimo… Não julguemos mais: ‘Este faz assim…’. Só Deus sabe: é a sua vida, mas não o excluo do meu coração, da minha oração, da minha saudação, do meu sorriso… e quando tiver ocasião, digo-lhe uma palavra bonita. Não excluir jamais, não temos o direito porque, como afirma São Paulo “nós todos apresentar-nos-emos ao tribunal de Deus; portanto, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”.
Peçamos, na oração, a graça de sermos homens e mulheres que incluem sempre… na medida da sã prudência, mas sempre. Não fechar as portas a ninguém, sempre com o coração aberto: Gosto, não gosto, mas com o coração aberto. Que o Senhor nos dê esta graça».
– [Papa Francisco – da Homilia, na Casa Santa Marta-(30.07.2020)]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
18 Agosto, 2023
«Praticai a justiça porque a minha salvação está perto»
Luis López A Palavra REFLETIDA
Is 56,1.7: “«Respeitai o direito, praticai a justiça porque a minha salvação está perto…
E a minha casa será chamada ‘casa de oração para todos os povos’»”. // Rm 11,15.32: “Da rejeição dos judeus resultou a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração senão uma ressurreição?… Efetivamente, Deus encerrou a todos na desobediência, para usar de misericórdia para com todos”. // Mt 15,22.28: “Então, uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim»… «Ó mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada”.
D – «RESPEITAI O DIREITO, PRATICAI A JUSTIÇA… A MINHA SALVAÇÃO ESTÁ PERTO… PARA TODOS OS POVOS» (Is 56)
O – «Ó MULHER, É GRANDE A TUA FÉ. FAÇA-SE COMO DESEJAS»… E, ENTÃO, A SUA FILHA FICOU CURADA (Mt 15)
C – ASSIM, DEUS ENCERROU A TODOS NA DESOBEDIÊNCIA, PARA USAR DE MISERICÓRDIA COM TODOS (Rm 11)
D – Ao falar em ressurreição, redenção, “salvação”… “para todos os povos”, ou em “misericórdia para com todos”, é evidente que está a ser ignorada e evitada toda a distinção e separação!
O – Quer dizer, então: “não há judeu e gentio, grego e romano, homem e mulher”; não há ‘hétero’ e ‘homo’; ‘com sida’ ou ‘na droga’; nacional ou imigrante; pobre ou rico: justo ou injusto?…
C – Mas, entre tantos templos – multiplicados e divididos – : ‘igrejas’, ‘sinagogas’, ‘mesquitas’, ‘pagodes’, ‘mandir’, etc., onde é que podemos encontrar o «Deus único e verdadeiro», o Seu ‘Templo e Casa’, para O adorar e orar?
D – Enquanto caminhamos em direção ao Reino de Deus, anunciado pelo Filho, Jesus; isto é, até se cumprir aquilo de «a minha casa será chamada “casa de oração para todos os povos”», os ‘outros templos’ também são ‘casa de oração’, onde outros encontram o ‘Deus verdadeiro’…
O – Até o próprio Filho, Jesus, ‘aprendeu’ (!) – pela fé daquela estrangeira – a “deitar aos ‘filhos’ e aos ‘cãezinhos’ o mesmo pão… Ó mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas”…
C – Afinal, existe “um tempo para a Esperança”, que só Deus sabe o que há de durar. Primeiro, terão de ser “rejeitados os judeus para a reconciliação do mundo, e então virá a reintegração dos judeus” e a Salvação de todos os povos (escreve Paulo na Carta aos Rm).
X — Quanto nos custa aprendermos a “partilhar”, não apenas os bens materiais, mas também e sobretudo ‘outros bens’! Sabemos e afirmamos que ‘existem muitos caminhos que levam a Deus’, embora continuamos a pensar que o nosso “caminho de Salvação” (o cristão) é o verdadeiro, e os das outras religiões ‘são extravios’… Ainda não aprendemos que os ‘caminhos’ que trilham muitos outros – irmãos nossos! – conduzem também, por enquanto, à Casa do Pai de todos! Jesus insistiu muito na necessidade de termos paciência e perseverança, devido à lentidão do crescimento do “Reino de Deus”; muito mais lento do que a germinação das sementes das plantas (nas suas ‘parábolas do Reino’). Até aí deve chegar a nossa ‘partilha solidária’. Até ‘partilhar os caminhos’ de salvação! Eles partilham connosco (e mesmo que o não fizessem) e nós com eles!… — Bem sabemos, Jesus, que Tu pretendias dar a todos uma “lição de partilha” com aquela tua “atitude” perante a mulher sirofenícia (não judia, portanto). O teu desejo era provar, diante de todos, a fé daquela mulher para, logo, “salvar a sua filha da morte”. Nós já aprendemos, Jesus, essa lição de aceitar todos, e de “partilharmos” também os seus caminhos de salvação. Mas com a tua ajuda, vamos tentar vivê-lo cada vez melhor.
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Tu, Senhor, és o Caminho! Tu, Senhor, és a Verdade! Tu, Senhor, és a Vida!» …
(♪) – «Libertador de Nazaré, estou aqui, vem junto a mim! Libertador de Nazaré, que vou fazer sem Ti?» …
(♪) – «Senhor Jesus, só Tu és o Caminho p’ra seguir; só Tu és a Verdade p’ra dizer; Tu és a Vida p’ra viver!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco –
Acerca de: “Deus inclui todos na salvação”
«No texto da Carta aos Romanos, São Paulo convida os crentes a não julgar e a não desprezar o irmão pois isto leva a excluí-lo do nosso grupinho, a ser seletivo e isto não é cristão. O exemplo do cristão vem do próprio Senhor Jesus que com o seu sacrifício no Calvário uniu e incluiu “todos os homens na salvação”.
Ao olhar para o Evangelho, vemos como se aproximavam de Jesus os publicanos e os pecadores que eram, ao tempo, os excluídos, todos os que estavam fora. Vemos como, perante isto, murmuravam os fariseus e os escribas.
A atitude dos escribas e fariseus é a mesma, excluem: ‘Nós somos os perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos’. E a atitude de Jesus é incluir. Existem dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras: todas as calamidades, todas as guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantas guerras! O caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário ao outro: incluir”.
Em todas as etapas da história vemos que não foi fácil incluir as pessoas porque há resistência, há aquela atitude seletiva. Para combater esta atitude o próprio Jesus conta a parábola da ovelha perdida e da mulher que perde uma moeda. Observemos a alegria de um e outro.
Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão ter com os amigos, os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Assim é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas… ‘não, este não; aquele também não…’ e constrói um pequeno círculo de amigos que é o seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão. Deus incluiu todos nós na salvação, todos! Este é o início.
Nós, com as nossas fraquezas, com os nossos pecados, com as nossas invejas e ciúmes, temos sempre esta atitude de excluir que – como disse – pode terminar em guerra.
A Salvação de Deus é, pois, um ato de inclusão uma vez que Jesus faz como o Pai que o enviou para nos salvar, ‘procura-nos para nos incluir’, para ‘sermos uma família”.
Pensemos um pouco e, pelo menos, façamos o mínimo… Não julguemos mais: ‘Este faz assim…’. Só Deus sabe: é a sua vida, mas não o excluo do meu coração, da minha oração, da minha saudação, do meu sorriso… e quando tiver ocasião, digo-lhe uma palavra bonita. Não excluir jamais, não temos o direito porque, como afirma São Paulo “nós todos apresentar-nos-emos ao tribunal de Deus; portanto, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”.
Peçamos, na oração, a graça de sermos homens e mulheres que incluem sempre… na medida da sã prudência, mas sempre. Não fechar as portas a ninguém, sempre com o coração aberto: Gosto, não gosto, mas com o coração aberto. Que o Senhor nos dê esta graça».
– [Papa Francisco – da Homilia, na Casa Santa Marta-(30.07.2020)]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net