“Agora sei (disse o Senhor) que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho (Isaac), o teu filho único»”. [Gn 22,12 (1ªL)]

Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?”. [Rm 8,32 (2ªL)]

“…Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O!»”. [Mc 9,7 (3ªL)].

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Não o entendemos, não o podemos compreender! Ou sim?… Até que ponto será isto um outro grande mistério!?… É fácil entender, isso sim, que “o filho único de Abraão não morreu, foi poupado no último instante”… Mas, o Filho único de Deus “não foi poupado, Ele foi entregue à morte por todos nós”. Isto já se não entende! Como é que um Pai que diz, acerca do seu Filho: “«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O!»”, pode – logo a seguir(!?) – entregá-l’O à morte?… Só se esta morte for apenas ‘aparente’… Mas não, ela foi ‘morte real’, embora “no corpo”, como é evidente. Pois, na verdade, não tinha Ele um corpo tão mortal como o nosso?…

E volta a aparecer aqui o mistério do Mal no mundo, neste mundo nosso. Ou seja, tudo aquilo que nos contraria porque nos causa dor, porque nos faz sofrer, porque nos leva à morte (mais tarde ou mais cedo!) Quer esses ‘males’ sejam passageiros quer sejam de forma mais ou menos prolongada e durável… Porém, quando somos poupados (como no caso de Isaac) ou quando não o somos (caso de Jesus) há uma questão que não podemos ignorar: Deus-‘ABBÁ (Pai-Mãe) está sempre “por dentro”, “por trás”, “antes”, “depois”… de toda a situação, acompanhando, “sofrendo” com os filhos, mais do que qualquer mãe ou pai! Não é?…

Mas, como é que Deus é capaz de sentir ‘isso’ sem deixar de ser completamente Feliz e totalmente Alegre!? – Bom, não esqueçamos que Ele é Deus, e “para Deus tudo é possível”! (Sem esquecer que este é, para nós, mais outro mistério)… Mas então, e nós!? – Pois há uma certeza que nós devemos ter sempre presente. Por isso, quando dizíamos que Deus está ‘por dentro’ e ‘por trás’, este por trás significa “no fim”. Sim, afinal (!) Ele nos vai receber sempre, com aquele abraço de Abbá-Pai  [ lembrando a maravilhosa – ‘única’! – “Parábola do filho pródigo” ].

É isso que nos espera! Portanto, nada a temer! Ou já não se lembram daquela canção: «Aconteça o que acontecer, nós temos um Pai que espera por nós!»?Porém –isso sim!– o que nos é pedido sempre (como a Abraão!) é uma Fé firme e uma Confiança plena em Deus, contra toda a evidência!!! …

« E é isto mesmo que nós queremos aprender de Ti, Mãe: essa Fé e Confiança total no Pai Deus, que Tu aprendeste a viver já desde aquele teu Lar, a Casa de Nazaré, agora “transportada” – ‘milagrosamente’ – a muitas centenas de quilómetros (en Loreto, Itália) porque “para Deus nada é impossível”!  Deste modo, agora, Nossa Senhora de Loreto, e contando sempre conTigo, nunca iremos temer ou desanimar diante da morte nem dos sofrimentos e cruzes da vida. Pois foi essa Confiança amorosa no Pai – no “Abbá” de Jesus – que Tu e José aprendestes d’Ele, já no seio daquela Família, ‘Casa de Nazaré’… E assim, ficará ‘transformada’(?) em alegria toda a tristeza!

 

NOTAS COMPLEMENTARES:

1-]  Nossa Senhora de Loreto (Itália). Nesta curiosa Invocação de Maria (bem como no seu correspondente Santuário) misturam-se ‘Tradições’(!?) com duas realidades verificáveis, até na atualidade: – A primeira constatação inegável é (tal como em todos os Santuários que estamos a ‘visitar’) o número incalculável de devotos e peregrinos que têm esta Invocação da Senhora de Loreto como a sua Protetora e Advogada (e não só os ‘Aviadores’, e outros profissionais da ‘Aviação’, que a consideram sua Padroeira). – E a segunda constatação, também inegável, é a verificação científica dos ‘materiais de construção’, a condizer com os dos ‘alicerces’ que ficaram em Nazaré, bem como o facto de se manter a construção ‘intata’… Eis então, em esquema, o que nos transmitiu essa “tradição”, que se inicia nos finais das guerras das “Cruzadas” (séc. XII-XIII). O ano 1291 considera-se a data da 1ª etapa desse «transporte milagroso pelos ares» da Casa, que ainda se conservava em Nazaré, para a  cidade de Tersatz (na atual Croácia), onde esteve só 3 anos; dali (1294) ‘desapareceu’ (como tinha aparecido!?) e ‘viajou’ (2ª etapa) até Loreto, na Itália, onde atualmente a “Casa” permanece, situada no interior de uma imensa basílica, o Santuário de Nossa Senhora de Loreto… [ A ‘história’ completa – interessante! – pode ser achada, por exemplo, através da Internet ].

2-]  Oliveira (Olea europæa). Árvore de pouca altura e tronco retorcido. Sendo nativa do oriente médio (regiões de clima mediterrânico da Síria, Turquia, Palestina…), espalhou-se por todas as regiões costeiras do Mediterrâneo… O seu fruto, a azeitona, além da sua utilização na alimentação como tal fruto, também o é, em grande escala, na indústria de extração do azeite. “Indústria” que já era conhecida pelos humanos, desde o Período Neolítico… E, ao que parece, atualmente, o maior “olival” (industrializado) do mundo está em Portugal (9.7000 hectares)… Há que registar que existem tantas ‘marcas de azeites’ quantas regiões produtoras de “azeite de oliva” há no mundo …

3-]  Sequência dos principais ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente:

  1. FÁTIMA (Portugal). // 2. GUADALUPE (México). // 3. LURDES (França). // 4. APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (Ruanda/África). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia). // 7. AUXILIADORA (Papuásia/Oceânia). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia). // 13. DE COROMOTO (Venezuela). // 14. DE LIPA (Filipinas). // 15. DA CANDELÁRIA (Espanha). // 16. DE KNOCK (Irlanda). // 17. DE BEAURAING (Bélgica). // 18. DE LORETO (Itália).

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net