17aa- «Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém

– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo A – Domingo 3 da Páscoa)

 

“… Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles (os de Emaús) contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão” (Jo 20 / 3ª L.).

 

Este episódio, dos dois discípulos de Emaús, localiza-se no caminho – de 11 km aproximadamente – que vai de Jerusalém a esta aldeia de Emaús. Estamos no fim da jornada daquele “1º dia da semana”, em que Jesus tinha Ressuscitado (e que corresponderia, para nós, à “1ª-feira”, como no calendário judaico). E podemos perguntar, como é que não existe esta 1ª-feira no nosso calendário? Sabemos que é devido, precisamente, a que, pela ressurreição do Senhor, este  dia passou a denominar-se «Domingo», isto é, “dies Domini” (=dia do “Senhor”)… Bom, uma vez situados no espaço e no tempo, vamos ao fundamental deste evento, que está cheio de “lições”…

 

A – Por experiência própria, a maioria das pessoas – ou todas? – sabemos o que comporta uma sensação da fracasso na vida. E no caso destes dois discípulos, o fracasso parece ter sido total…

B – Perante a morte fatal de Quem era a sua única e total Esperança, eles decidem desistir, “desertar” e… “desandar”! De um dia para o outro, o seu projeto de vida ficou “desfeito”, morto!

A – É verdade, morreu junto com a desaparição do “seu Senhor”… E, para eles, a decisão parece estar tomada: Voltar para a sua terra, as suas coisas, a sua rotina de sempre… de onde um dia saíram para seguir a aquele Homem extraordinário que os tinha “cativado” na alma…

B – Agora estão a “desfazer” esse mesmo caminho, porque, ao que parece, tudo não passou de um «belo sonho», e hoje «acordaram» outra vez para a realidade crua e dura. Que chatice, meu Deus!

A – Não será que a morte daquele “seu senhor” foi só uma morte aparente? E a sua “desaparição”, não terá sido apenas para os olhos corporais? E não será que Ele continua Vivo, embora invisível?

B – Todas estas questões, e muitas mais, vão ser resolvidas pelo próprio protagonista da história, Jesus, que vem ao seu encontro sem esperar mais, como costuma fazer com todos os fracassados.

A – Realmente, o encontro foi maravilhoso e singular… mas, sobretudo, profundo e decisivo! Primeiro, “ardiam os seus corações” (pela “Palavra”). Depois, veio a conversão (“ao partir o Pão”).

B – E, agora, percorrem o mesmo caminho (já é pela terceira vez!), só que, desta vez, é a correr e sem importar que seja noite! Aliás, no mesmo sentido que a primeira vez (primeira «vocação»).

A – Diz o texto, “partiram imediatamente de regresso a Jerusalém”. Este ‘regresso’ é a Conversão!

 

A/B: Senhor Jesus, se não sentimos “arder cá dentro os nossos corações”,

com certeza é porque ainda não aprendemos a escutar, interiorizar e “saborear”

a Tua Palavra –Palavra de Amor– ; e porque, nas dificuldades e cruzes do dia a dia,

nos deixamos levar pela desesperança, até aceitarmos o fracasso mais sombrio…

Nesses casos, Jesus, não tardes em vir ao nosso encontro. Temos necessidade de Ti!       

 

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:

http://palavradeamorpalavra.sallep.net