– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 14 do T. Comum)
“Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós… Assim, irmãos, não somos devedores à carne, para vivermos segundo a carne. É que se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis”. (Rm 8,12-13 / 2ª L.).
Paulo, nesta parte da carta aos romanos, está a contrapor a carne ao espírito ou, então, as obras do Mal às obras do Espírito… E, de repente, conclui: “nós não somos devedores à carne”. É como se perguntasse: O que é que fez por nós “a carne” a nível de bom e de transcendente?… Tentaremos refletir acerca desta realidade que acaba numa lógica perfeitamente coerente!
A – A questão fundamental – neste caso, como, aliás, em todas as realidades deste género – está numa escolha livre (como se diz logo no início): ou nos domina a carne ou nos domina o Espírito.
B – Mas será que, ao optarmos livremente por qualquer uma dessas alternativas, ficamos, paradoxalmente, privados dessa liberdade de eleição (já que “ficamos dominados”)?
A – Logo à partida, parece não estar explicado o que significa “estar sob o domínio da carne”, ou estar sob o “domínio do Espírito”. Enquanto estamos a ser dominados não somos livres. Ou sim?
B – Ainda que seja mais fácil compreender que se nos deixarmos dominar pela carne estaremos a cair num tipo de escravidão, quem nos diz que o domínio do “espírito” não será mais escravizante?
A – Onde poderemos encontrar a diferença entre estes dois “domínios”? – Só admitindo que se aceita – com relativa facilidade – a superioridade do espírito sobre a matéria. Ou não? É que, não se sabe o que seria pior: se ser dominado por uma matéria ou ser dominado por um espírito!…
B – É evidente que, para um esclarecimento convincente, teremos de mergulhar no campo da fé. Porque neste campo, “espírito” escreve-se com E grande, e adquire uma dimensão transcendente. Então sim, o Espírito é já uma Pessoa Divina – Espírito Santo – com todo o que isso representa!
A – Claro que Paulo, na sua carta, parte do princípio de que está a escrever a cristãos, ou seja, àqueles que, desde o Batismo, estão a tentar viver da fé e pela fé. Entendido fora deste campo, tudo pode “escravizar” – tirar a liberdade – quer a “carne” quer o “espírito”…
B – Para S. Paulo, como para nós – se nos assumimos verdadeiros cristãos – deixar-se guiar (dominar) em todo o momento pelo Espírito (Divino), equivale a ser total e perfeitamente livre!
A – Então, a conclusão de Paulo tem toda a coerência: No primeiro caso, “morreremos com a carne e como a carne”. Porém, “se, pelo Espírito, fizermos morrer as obras da carne, viveremos!”.
A/B: Então, Senhor Jesus, a chave está em que, quem habite em nós, seja o Teu Espírito,
ou seja, “o Espírito de Deus” de que nos fala o Teu apóstolo Paulo…
A condição será, portanto, uma opção livre e um compromisso coerente:
Aceitarmos que o Espírito Santo, habitando em nós, tome as rédeas da nossa vida.
Então, Tu, Jesus, que foste quem nos prometeu e enviou este mesmo Espírito,
ensina-nos como fazer para que, entregando-Lhe livremente a nossa vontade,
Ele nos guie e acompanhe respeitando – como sempre faz – a nossa liberdade!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
7 Julho, 2017
Se viverdes segundo a carne, morrereis
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 14 do T. Comum)
“Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós… Assim, irmãos, não somos devedores à carne, para vivermos segundo a carne. É que se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis”. (Rm 8,12-13 / 2ª L.).
Paulo, nesta parte da carta aos romanos, está a contrapor a carne ao espírito ou, então, as obras do Mal às obras do Espírito… E, de repente, conclui: “nós não somos devedores à carne”. É como se perguntasse: O que é que fez por nós “a carne” a nível de bom e de transcendente?… Tentaremos refletir acerca desta realidade que acaba numa lógica perfeitamente coerente!
A – A questão fundamental – neste caso, como, aliás, em todas as realidades deste género – está numa escolha livre (como se diz logo no início): ou nos domina a carne ou nos domina o Espírito.
B – Mas será que, ao optarmos livremente por qualquer uma dessas alternativas, ficamos, paradoxalmente, privados dessa liberdade de eleição (já que “ficamos dominados”)?
A – Logo à partida, parece não estar explicado o que significa “estar sob o domínio da carne”, ou estar sob o “domínio do Espírito”. Enquanto estamos a ser dominados não somos livres. Ou sim?
B – Ainda que seja mais fácil compreender que se nos deixarmos dominar pela carne estaremos a cair num tipo de escravidão, quem nos diz que o domínio do “espírito” não será mais escravizante?
A – Onde poderemos encontrar a diferença entre estes dois “domínios”? – Só admitindo que se aceita – com relativa facilidade – a superioridade do espírito sobre a matéria. Ou não? É que, não se sabe o que seria pior: se ser dominado por uma matéria ou ser dominado por um espírito!…
B – É evidente que, para um esclarecimento convincente, teremos de mergulhar no campo da fé. Porque neste campo, “espírito” escreve-se com E grande, e adquire uma dimensão transcendente. Então sim, o Espírito é já uma Pessoa Divina – Espírito Santo – com todo o que isso representa!
A – Claro que Paulo, na sua carta, parte do princípio de que está a escrever a cristãos, ou seja, àqueles que, desde o Batismo, estão a tentar viver da fé e pela fé. Entendido fora deste campo, tudo pode “escravizar” – tirar a liberdade – quer a “carne” quer o “espírito”…
B – Para S. Paulo, como para nós – se nos assumimos verdadeiros cristãos – deixar-se guiar (dominar) em todo o momento pelo Espírito (Divino), equivale a ser total e perfeitamente livre!
A – Então, a conclusão de Paulo tem toda a coerência: No primeiro caso, “morreremos com a carne e como a carne”. Porém, “se, pelo Espírito, fizermos morrer as obras da carne, viveremos!”.
A/B: Então, Senhor Jesus, a chave está em que, quem habite em nós, seja o Teu Espírito,
ou seja, “o Espírito de Deus” de que nos fala o Teu apóstolo Paulo…
A condição será, portanto, uma opção livre e um compromisso coerente:
Aceitarmos que o Espírito Santo, habitando em nós, tome as rédeas da nossa vida.
Então, Tu, Jesus, que foste quem nos prometeu e enviou este mesmo Espírito,
ensina-nos como fazer para que, entregando-Lhe livremente a nossa vontade,
Ele nos guie e acompanhe respeitando – como sempre faz – a nossa liberdade!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net